Sobre o coleccionismo, dizem-se muitas coisas. Que é um vício, e caro, que até pode ser um vício barato, que não é vício nenhum, enfim há opiniões para todos os gostos que se sustentam afinal no objecto de que se fala. Embora guardar apenas os selos recortados dos envelopes tenha sido um enorme disparate que muita gente tal como eu praticou em criança, em vez de guardar os envelopes no seu todo com parte da história que lhes esteve associada, essa foi uma forma de coleccionismo primário quase sem custos, e ir também guardando num canto de uma armário um saco com umas moedas velhas foi uma outra forma de coleccionar história sem muitos custos. O que é certo é que o coleccionismo, de moedas e de selos de correio tem sido em Portugal nos anos mais recentes uma significativa fonte de receita para as entidades que os emitem, herdeiro que é de uma actividade baseada no facto de selos e moedas fazerem parte do nosso quotidiano, e foi-se desenvolvendo de forma altamente cultural e profissional.
Entre um catágolo dos anos 50, e um chamado “bloco” comemorativo do centenário do antigo Museu de Arte Contemporânea, hoje rebatizado como Museu do Chiado que acabo de encontrar numa vitrine do "meu" Correio, vão anos de avanço tecnológico e do aparecimento de novas correntes estéticas, mas o que ficará sempre é mesmo a homenagem à arte de todos os que merecem povoar as paredes dos nossos Museus.
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