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quarta-feira, janeiro 31, 2018

A "peça" do mês

Um conjunto de três artefactos em bronze diz respeito a recolhas superficiais no espaço que se presume corresponder a uma ocupação entre o Neolítico Final e o Calcolítico pleno.
 
Uma ponta de seta, um punhal e uma serra.
 
Estão publicados no número 07 da revista MENGA publicada sob responsabilidade pelo Conjunto Arqueológico Dolmens de Antequera.
 
Acabam de ser entregues ao Museu de Ferreira do Alentejo.
 
 
 

terça-feira, janeiro 30, 2018

Paris, mes Amours

A cada esquina uma pose,

 
 

 

segunda-feira, janeiro 29, 2018

domingo, janeiro 28, 2018

sábado, janeiro 27, 2018

sexta-feira, janeiro 26, 2018

quinta-feira, janeiro 25, 2018

quarta-feira, janeiro 24, 2018

terça-feira, janeiro 23, 2018

segunda-feira, janeiro 22, 2018

domingo, janeiro 21, 2018

sábado, janeiro 20, 2018

Paris de nous Amours, trois jours, plusiéres expositions. PARTE V


E a manhã do último dia de viagem conclui-se no Musée de l´Homme, agora com um também renovadíssimo e tecnológico percurso. De entre as inúmeras vitrines, elegemos no topo este detalhe de um Tribulum, pertencente ao Museu de Marselha e agora em depósito em Paris, e legendado como alfaia agrícola do Mediterrâneo no século XX, o que corresponderá a incluir também o nosso Alto Alentejo naquele vasto espaço geográfico.

 
 
 

 
 
 





 


Deixámos na sua base de dados a nossa imagem, aceitando o desafio à pregunta “quel avenir imaginez-vous pour notre humanité?”, uma das muitos interrogações/provocações que são colocadas ao discernimento dos visitantes.





À saída o adeus, permutando com um jovem casal as caixinhas que nos permitiram trazer uma pose no Trocadero com a carga simbólica da Torre em fundo, que também é erótica em conjunção com a obra de Picasso em XXXII!
 

 
 

 
 
 

 
 

sexta-feira, janeiro 19, 2018

quinta-feira, janeiro 18, 2018

quarta-feira, janeiro 17, 2018

Paris, mes Amours


A Cidade, transmite energia até a todos os corações dos que a procuram para unir os seus corpos num espelho de amor.




 

terça-feira, janeiro 16, 2018

Paris, mes Amours


Museu Picasso onde por milagre os ambientes se conjugam para harmonizar a arquitectura com as pinturas, na leitura de uma relação simbiótica sobre os traços, se conseguirmos esquecer as cores.
 
 
 
 
 

 

segunda-feira, janeiro 15, 2018

domingo, janeiro 14, 2018

Paris de nous Amours, trois jours, plusiéres expositions. PARTE IV

Nova manhã fria, mas com o Sol a acompanhar-nos até ao Museu de Arte Moderna, com uma exposição permanente renovada, e onde lá está reservada uma sala para uma enorme e bela obra de Matisse, marcante na sua disputa com Picasso no ano de 1932, e novos desafios plásticos para todas as imaginações criadoras.




 
Procurando uma definição para o Museu de Arte Moderna de Paris, diremos que ele é na verdade o Museu da Arte Contemporânea aos dois primeiros terços da nossa existência, preenchido com as obras de muitos dos autores que ainda vivos fizeram parte dos compêndios cujas páginas percorremos de trás para a frente e vice versa a fim de conseguirmos corresponder nas provas escritas de História de Arte. A esmagadora maioria das obras expostas continuam a apresentar-se-nos como “novos” desafios plásticos para todas as imaginações criadoras.

 
 
 
 
 
 
Claro que um Museu de Arte Moderna também pode conter "obras" discutíveis, com transpor para uma parede um possível mostruário de uma loja de desporto!
 
 




 

 
 
Mas a grande área expositiva continua a permitir compreender a evolução da pintura Francesa na primeira metade do século XX.
 
 
 
 

 
 

 
 

 
 




 
 

 
 

 
 

No final da visita, a constatação de que as lojas dos Museus são hoje primas direitas umas das outras. Neste caso, deixaram de existir as litografias e as serigrafias de obras importantes do período artístico coberto pelo Museu.

sábado, janeiro 13, 2018

Paris de nous Amours, trois jours, plusiéres expositions. PARTE III



 
 





“L’oeuvre qu’on fait est une façon de tenir son journal”
Picasso dans L’Intransigeant, 15 juin 1932



Resumir a visita à quinta exposição desta estadia é complexo, não só pela dificuldade que mesmo os especialistas na obra do Pintor têm em explicar a estrutura Picassiana, mas também pela vastidão da informação com que agora nos confrontamos.
 


Um ano da vida de Picasso não se pode resumir numa hora e meia, após a conferência itenerante entre as salas do Museu proferida por uma jovem historiadora de arte, com profundo substarto sobre a vida e obra do Artista, e não se reproduz com fidelidade, porque a atenção dispersava-se entre o visor da câmara fotográfica, as obras expostas e pelo ambiente global em que havia muitos protagonistas no cenário dos 360º. A obra de Picasso quantifica-se por uma obra por cada dia da sua vida, o que demonstra a sua indiscutível capacidade criativa aliada à consciência que a dada altura tomou sobre a relação entre a arte e os benefícios comerciais.
Picasso, será provávelmente o artista mais estudado, e os seus “especialistas” procuram de forma sistemática encontrar explicações coerentes para cada obra e cada período, e ele ajuda-os pelo menos com a preocupação que tinha em datar no verso cada uma das suas obras ou fazer o mesmo na abertura de cada album de desenho, mas complicou-lhes o discurso ao não deixar qualquer nota que justificasse qualquer das suas opções, e assim o seu estudo será eterno. Para um génio como ele, a obra não era apenas apenas a resposta ao seu espírito humano que competia cordial com os seus contemporâneos, e embora não a explicasse deixou no entanto um arquivo notável com os actos do seu dia a dia, desde toda a sua correspondência até às simples facturas da mercearia, ou aos bilhetes dos espectáculos que frequentava, um auxiliar precioso para compreender o seu estado espírito evolutivo e instável bem como o meio envolvente a tanta criação. Tudo o que Picasso nos deixou, resultou de da sua capacidade de trabalho, para se aventurar e expandir nu uso de diferentes materiais e suportes, em conjugaçao com a fidelidade às ideias morais e políticas que prosseguia.

 
 
 
 
 
 

Este ano de XXXII, fica marcada por um início dito erótico, consubstanciado no transporte para a tela da sua relação amorosa fora do seu casamento com Olga, com uma das mulheres que se revelaria das mais importantes na sua obra, Marie Thérèse Walter, uma bela jovem de cabelos loiros cujas madeixas amarelas figuram logo no segundo quadro da série, La lecture, embora seja evidente a sua presença no primeiro, Figures au bord de la mer, ainda alicerçado no seu período escultórico do ano anterior, para logo na quarta pintura, La dorment au miroir, as madeixas do modelo se tenham transfigurado em negro, deixando os especialistas sem capacidade para explicarem o sentido dessa opção.





O início deste período estético parece ter ocorrido em estúdio, com grande protagonismo do seu modelo e do cadeirão vermelho onde pousava, seguindo-se enquadramentos representativos dos lugares por onde vagueou realmente com ou sem ela durante XXXII, (datou este conjunto de obras com números romanos), ou pelos sítios onde não a poude acompanhar, como foi o caso do verão em que Marie Therése gozou a praia sem ele na Cotê d’Azur, embora tudo leva a crer que lhe relatasse fotográficamente o seu dia a dia.


 
 

 

 
 
 
Segundo os relatos existentes, a aproximação de Picasso a Marie Thérese, então menor de idade, seria hoje considerada como “assédio”; “Mademoiselle, vous avez un visage intéressant, je voudrais faire votre portrait, et je sens que nous ferons de grande choses ensemble”, ajountant: “Je suis Picasso”…

XXXII, “resume-se” a 300 obras das quais 111 foram pinturas que prefazem cerca de 5.000 m2. 

Foi um ano de inúmeros convites para expor, não só em Paris em Junho e Zurich em Setembro, mas também na bienal de Veneza desafio que não aceitou. Percurso “sinuoso” entre a pintura com forte influência “escultórica” como em Femme nue couchée, naturezas mortas logo em fevereiro, em março Nu au fauteuil noir, Le miroir, Nu couché avec feilles vertes et buste, estas três pinturas em claro confronto com Matisse. Agosto, Femme tenant un livre( sentada num cadeirão vermelho), e Marie Thèrèse com madeixa verde, e em outubro, Femme assis près d’une fenêtre, e o ano termina com inúmeras obras em várias expressões à roda da praia ainda e sempre com Marie Thèrèse de protagonista.

 
 
 
 
 

Nas divagações à volta da “fauteuil rouge” Picasso exprimiu-se em modos diferentes, como é o caso da imagem seguinte com forte carga erótica, mas já não influenciado pela desconstrução corporal em que as semelhanças com a esculturas eram mais pronunciadas, e em que os diferentes elementos da composição parecem reduzidos à ossatura. Entre os objectos de “estimação” de Picasso contavam-se inúmeros ossos cujos perfis admirava e considerava como expressão da arte Divina. 



 


 
 



Picasso discorria sempre ao longo da sua vida, sobre as metamorfoses da mesma composição de momento e o aparente “abandono”, de algumas obras que mesmo assim guardava, resultava do desvio para a atração no surgimento de novas ideias.

 




 

Picasso cuidava tão bem do registo do seu percurso artístico que estabeleceu com uma Agência um contrato para recolha e posterior informação sobre o impacto da sua obra no imprensa internacional. Essa preocupação nos anos trinta do século passado não terá sido certamente fácil, não estando o seu custo explícito na exposição, mas avaliando a disponibilidade de informação em massa de que dispomos na actualidade, deve ter sido uma tarefa hercúlea e incompleta.

 
 


O que os historiadores de arte Portugueses contavam na época sobre aquele período de produção em Paris é escasso, num início do Estado Novo em que a informação em termos gerais era controlada totalmente pelos agentes do regime e a vida cultural sofria com as consequências daqueles desmandos totalitários, e é portanto provável que entre outros factores Picasso tivesse sido inscrito na cartilha onde constavam os perigosos comunistas. Embora a língua e a cultura francesas fossem um dos pilares do sistema educativo desde o despontar da República até ao pós guerra, tal decorria da superioridade dos seus actores culturais, nas suas diferentes e diversas expressões.
O que está acessivel em recortes de jornais nesta mostra de Picasso XXXII, é a expansão mundial das notícias publicadas àcerca da exposição na Galeria Georges Petit, em pontos tão distantes do centro da Europa com os Estados Unidos e a Rússia, mas ausentes nos Países então políticamente germanófilos. Portugal, plantado no cantinho do Continente procurava a sua neutralidade nos conflitos entre os blocos, com os seus artistas plásticos mais proeminentes caminhando para o “doutoramento” em Paris, e se ainda não conhecemos as suas relações com Picasso, este tinha nos seus arquivos documentos relativos ao nosso País, pelo menos em consequência das suas relações com o Partido Comunista ainda na clandestinidade. 


 
 
 





No final desta “experiência”, em que aspectos particulares da obra Picassiana foram de alguma forma despidos, retirámos o quê?
 - Conhecimento de aspectos da sua personalidade, entretanto dispersos pelo Mundo que nesta ocasião se reuniram sequêncialmente, e a que se juntaram documentos do seu arquivo pessoal, hoje propriedade do Estado Francês por vontade do doador, e respeito pelos herdeiros.
 - A consciência de que muitos sonhos se podem realizar.
 - Ainda a constatação da importância e influência dos agentes exteriores sobre todos nós e naturalmente sobre a obra de Picasso, o que fez com que as chamadas “fases” se interrompam ou que terminem mesmo. Não terá sido apenas o efeito da imaginação mas quiçá o resultado da acção de um algoritmo residente no nosso cérebro mais profundo e ainda desconhecido? 



 









Quando hoje se estudam as obras dos grandes vultos da Pintura do final do Século XIX e do início do XX com uma tal profundidade que vai ao ponto de se concluir, por exemplo, que Gaugin ia preenchendo as telas da direita para a esquerda, é legítimo especular como seria profundo o conhecimento se Picasso tivesse tido o seu Blogue ou uma página na Cara do Livro.
Reconhecemos que a nossa passagem deve ficar anotada com pensamentos e acções que muitas vezes se justificam mutuamente, e que mais tarde se traduzem em realizações mais ou menos frágeis, mais ou menos duradoras. Claro que é transparente a semelhança e não a influência que nos aproxima de Picasso com o nosso espírito “conservador”, que também pode ser expresso como de “recoletor” dos detritos das nossas pegadas. Desde sempre fizemos questão em pontuar as pegadas com a construção de arquivos o mais completos possível. Por este espaço sideral, já passaram imagens e notas de documentos bem antigos que revelam parte de vários percursos da nossa vida, íntima, profissional e confessional.

 





 
 
 







 

 

 

 
Na contracapa do catálogo da exposição, encontra-se uma síntese do projecto e dos fundamentos desta exposição.





Cet ouvragr en forme d’éphéméride retrace jour par jour, grâce à un minutieux travail d’enquête, toute l’année 1032, particulièremente fêconde dans la vie et l’ouvre de Picasso.
Peinture, dessin, gravure, photogrfie, sculpture, écriture, Picasso ouvre sa pratique à tous les champs de l’art, explorant la liberté formalle du surréalisme ou les re´résentations érotiques de Marie-Thérèse Walter.
Lánnée1932 marque aussi un moment de consécration avec sa première rétrospective personelle aux Galeries Georges Petit à Paris au mois de juin et da première exposition d’ampleur dans un musée, au Kunsthaus de Zurichm au moins de setembre.Deux expositions fondamentales, dont la réception médiatique contribuera à forger le mythe Picasso.
1932 semble une parenthèse enchantée avant les crises majeurs dans la vie de l’artiste et dans le monde. Cet ouvrage, qui accompagne l’exposition “Picasso1932.Année érotique!presentée au Musée national Picasso-Paris, permet d’en saisir toute la portée et toute la beauté.
 
 


 

 

 




Marie Thèrése Walter em dois apontamentos

 

 

Numa larga vitrine numa das salas do Museu Picasso,




















podiam-se apreciar algumas fotografias da exposição na Galeria Georges Petit. Não é porque aquelas imagens são a preto e branco que esse monocromatismo certifica autenticidade de antiguidade, mas acima de tudo pelo contraste entre os actuais conceitos e exigências que marcam não apenas as condições ambientais de todo o espaço expositivo, mas também a forma como se relacionam hoje paredes e obras e estas entre si.
Naquela exposição, Picasso mostrava as suas obras e elas individualmente falvam pos si, e aos apreciadores da época bastava a relação que estabeleciam com a mensagem de cada tela, envoltas pela moldura que o pintor escolheu para cada uma e não para a “harmonia” de conjunto, como hoje acontece tantas vezes.