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quarta-feira, agosto 31, 2016

A "peça" do mês


Se no 1º dia de cada Mês vou tentar continuar a acrescentar alguns “Riscos” (o ano de 1987 foi o seu ano de eleição), no último dia de cada mês vou passar a publicar “A memória Arqueológica do Mês”, através da qual recordarei a história correlativa de alguns dos “cacos” mais significativos de 50 anos de nariz no chão.
 


Para começo, associado à reabertura do Museu de Serpa, hesitei entre a Cidade das Rosas, donde partiu a primeira etapa de uma caminhada arqueológica, longa no tempo mas curta no espaço, e um dos “sítios” de S.Brás onde continuo a pousar anualmente, porque acredito na existência de (en)cantos muito importantes nos torrões calcados onde decorreram as principais etapas do nosso percurso pelo Universo, e sem que consigamos atribuir-lhes uma hierarquia.
Nestas etapas, Serpa preenche(u) vários domínios do nosso crescimento físico e intelectual, é mesmo exemplar ao confirmar as reflexões pré-socráticas sobre os corpos, que como conjuntos de átomos, ao longo dos tempos se repelem por (in)determinada acção magneto-cósmica, enquanto outros se atraem por uma múltipla afinidade de conceitos filosóficos.

Decidi-me por reavivar o Cerro dos Castelos de S.Brás, onde a convite do nosso bom Amigo Engº Monge Soares partilhei as prospecções de superfície iniciais realizadas pelo Dr. Rui Parreira, o Arqueólogo que mais tarde realizou a única campanha de escavações no sítio (
http://www.patrimoniocultural.pt/static/data/publicacoes/o_arqueologo_portugues/serie_4/volume_1/cerro.pdf ).


A notícia do “achado” do Mês é de S.Brás3, a partir de uma nota datada de Setembro de 2001.
1. O ACHADO
No dia 1 de Setembro de 2001 visitámos a folha de sequeiro intensivo onde se situou o povoado chamado de S.Brás3(1) a fim de observarmos os primeiros resultados da revolução produzida pela primeira encharruada feita após a ceifa deste ano. Cada ano que passa, os testemunhos arqueológicos superficiais desta plataforma, são não só mais pequenos, mas também mais escassos e difíceis de observar antes das primeiras chuvas, que nesta altura ainda não tinham começado a cair.
Apesar da ausência dos constrastes entre a terra e os fragmentos estranhos que envolve, entre os grandes torrões deparamos com o que parecia ser um pequeno objecto plano aparentemente trabalhado e com formato simétrico, o que nos levou a baixar-nos e a observa-lo de mais perto. Confirmámos o “chamamento” inicial, pois tratava-se de um objecto em osso, enquadrável no grupo dos chamados ídolos e que descreveremos a seguir.
 
 
 


2. DESCRIÇÃO e ENQUADRAMENTO

Objecto em osso, de perfil plano, procurando traduzir uma representação antropomorfa muito bem estilizada, através da simples acentuação de uma cabeça e do restante corpo (Fig.1). Na cabeça, foi ainda efectuada, de uma dos lados, uma pequena e ligeira concavidade em forma de meia lua.
Mede 3,9 cm de altura sendo a largura máxima de 1,15 cm e a maior espessura de 0,63 cm. e apresenta uma pequena falha na parte superior.Apresentava ligeiríssimas aderências calcárias que foram facilmente removidas.
O polimento da gola, do topo e da base, e das superfícies laterais ainda está perfeitamente visível, com algum brilho, apresentado-se mais desgastadas as superfícies da frente e do verso onde são observáveis muitas e finíssimas estrias no sentido horizontal.A patine do ídolo é uniforme e não existe diferenciação entre o brilho da patine na gola e nas superfícies laterais, o que pode indiciar não ter permanecido em suspensão como pingente.
De qualquer forma, tenha sido ou não um objecto adorno pessoal, tanto permanente como ocasional, pode ser enquadrado no Tipo II da classificação de Maria José Almagro Gorbea, e embora não apresente qualquer representação esquemática dos braços julgamos não dever ser proposto para uma nova variante mas deve ser englobado pelo grupo F. A esmagadora maioria dos ídolos do Tipo F apresentados por Gorbea têm uma cintura bem marcada, o que não é o caso deste exemplar de S.Brás3, e tal diferença é deveras significativa pois aquele conjunto é constituído por várias dezenas de exemplares.Porque a raiz figurativa nos parece a mesma admitimos enquadra-lo nesse conjunto.
A descoberta deste objecto em S.Brás3, vem acrescenta-lo a outros do mesmo local ao corpus dos objectos votivos do Sudoeste, e é coerente com parte do restante mobiliário de superfície até hoje recolhido no local, isto é, devem ter pertencido às fase finais da ocupação.
Os ídolos calcários e de barro, cilíndricos também encontrados em S.Brás3, não são estranhos no povoamento deste grande espaço que foi o Sudoeste da Península ao longo da transição do neolítico para o calcolítico, mas o pequeno ídolo de osso é raríssimo como achado, e do ponto de vista intrínseco revela uma fortíssima intenção esquemática que já nada tem a ver com as habituais propostas de interpretação das representações da tantas vezes invocada “Deusa-Mãe”. Salvaguardadas as devidos distâncias, estilizações antropormóficas desta qualidade encontramo-las nas representações da arte Minoica, onde é notório o equilíbrio proporcional entre a cabeça, o tronco e os membros inferiores, e ainda com alguma diferenciação nas duas partes da cabeça.

terça-feira, agosto 30, 2016

A intimidade com as objectivas

Nascer do Sol em Agosto de 2016


segunda-feira, agosto 29, 2016

A intimidade com as objectivas

Nascer do Sol em Agosto de 2016

 

domingo, agosto 28, 2016

A intimidade com as objectivas

Nascer do Sol em Agosto de 2016

 

sábado, agosto 27, 2016

Sevilha, Centro Andaluz de Arte Contemporânea

Património artístico Andaluz.


 

sexta-feira, agosto 26, 2016

Sevilha, Centro Andaluz de Arte Contemporânea

Antiguidade e contemporaneidade.



 

quinta-feira, agosto 25, 2016

Sevilha, Centro Andaluz de Arte Contemporânea

Antiguidade e contemporaneidade.

 

quarta-feira, agosto 24, 2016

Sevilha, Centro Andaluz de Arte Contemporânea

 
Sol, espelhos e sombras 
 
 
 

terça-feira, agosto 23, 2016

Sevilha, Centro Andaluz de Arte Contemporânea

Sombras, espelhos e iluminações.



 

segunda-feira, agosto 22, 2016

As artes contemporâneas e a intimididade com as objectivas

A contemplação das artes contemporâneas e os seus suportes, móveis, e até fixos!

 

domingo, agosto 21, 2016

Tavira, a intimidade com as objectivas




Imagens! Distantes, próximas, aproximadas, temporais.




 

sábado, agosto 20, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha

Como esconder o Sol em Sevilha,

 

sexta-feira, agosto 19, 2016

quinta-feira, agosto 18, 2016

A intimidade com as objectivas


O preçário da irresistibilidade!

 
 
 


quarta-feira, agosto 17, 2016

Sevilha, imagens de rua


Turistas, a verem passar os turistas!


terça-feira, agosto 16, 2016

Sevilha, imagens de rua



Apesar da dimensão da Cidade, todos percorremos os mesmos percursos, e mais tarde ou mais cedo os visitantes desconhecidos cruzam-se, de novo!


segunda-feira, agosto 15, 2016

Dia 15 de Agosto dia de Festa




Diálogos com o ruído

Os segredos do ruído desbravam-se
pelos caminhos do inconsciente,
enquanto nas folhas dos livros de horas
o sentimos vibrar como uma película de gelatina.
Mas o ruído é sagaz, defende-se,
usando sempre um segredo;
o do tempo que vai durar,
com o poder que possui de decidir,
enquanto se faz sentir.
Sim, sentir e não, ouvir!
O ruído, pode até parecer um ser anónimo,
mas enche os álbuns dos coleccionadores de selos,
ávidos de encontrar uma onda rara.
O ruído, vive na última página do silêncio,
de uma biblioteca sobre flores secas.
O ruído, descansa no mundo profundo das bactérias,
oferecendo a cada uma um paladar descolorido.
Afinal, o ruído não destapa sentimentos,
pois esconde-se atrás das frequências múltiplas,
e nos diálogos com ele intrometem-se sempre,
as vozes misteriosas e agudas de um Universo,
que de negro se tornou Verdejante.

Tavira, 25 de Abril de 2016

domingo, agosto 14, 2016

Amanhã, é dia de Festa




Como Homo Sapiens,
seja em que sentido for,
construi um conceito de vida que resumo em:


Viver para Amar,
Amar para recolher,
Recolher para aprender,
Aprender para compreender,
Compreender para partilhar.

Tavira, 25 de Abril de 2016

sábado, agosto 13, 2016

Sevilha, imagens de rua


Nos tempos de hoje, até se podem fazer ajuntamentos de ciclistas à Porta do Banco de Espanha, pois o ouro está empilhado em Berlim na se(ê)de do BCE!
 
 

sexta-feira, agosto 12, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


Aguardando que do fundo negro surja o Príncipe de Sevilha!...


quinta-feira, agosto 11, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


Namorando o letreiro com a desilusão de só ter na mala Euro amoedado.




quarta-feira, agosto 10, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


The Body Shop, vista da Raínha da doçaria.


terça-feira, agosto 09, 2016

A intimidade com as objectivas

Prontos na grelha de partida, os Verdes aguardam pelo sinal do juiz de cadeira que lhes dê permissão para se fazerem ao mar e trazerem para terra os polvos que as “armadilhas” atrairam durante a noite.




 

segunda-feira, agosto 08, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


Aguardando que do fundo negro surja o Príncipe de Sevilha!...




 


domingo, agosto 07, 2016

O dia aberto dos Perdigões




Ontem, foi o dia aberto dos Perdigões 2016.

Um “dia aberto”, com o afável acolhimento habitual, que bem dispensava as altas temperaturas deste Verão tão quente.

 


 
 
 
 



A escavação vai evoluindo, o António Valera acolheu os visitantes deste ano, fez o ponto da situação, e após a descrição dos últimos achados e da natureza das áreas em escavação numa das quais foi descoberto um fosso neolítico bifurcado (assinalado na imagem seguinte com uma linha de contorno azul), propôs uma deslocação à periferia do sítio,

 


e desceu até ao fundo do fosso neolítico mais exterior para interpretar o contexto e nos descrever o significado das imagens estratigráficas visíveis no corte.

 








Os Perdigões, continuarão a conservar os registos das suas ocupações ao longo de um intervalo de 1.500 anos, e a atrair a atenção de muitas comunidades cientìficas, quem sabe se intervindo no local ainda e para além de todo este século.  

Os materiais de uma escavação são classificados e guardados seguindo critérios universais. Na imagem seguinte, a fossa em baixo do lado direito depois de escavada acabou por ser utilizada como depósito dos bojos indeterminados recolhidos até agora guardados em sacos e que já correspondem a cerca de uma tonelada e meia.




 

sábado, agosto 06, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


13,15 HORA LOCAL, 39º ao Sol!


sexta-feira, agosto 05, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


As poses, em especial as de viagem, são sempre um momento para a Companhia do melhor dos Sorrisos!

 

quinta-feira, agosto 04, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha

For realsies?... – Namorando oficialmente, ou surpreendida com o fotógrafo?...




 

quarta-feira, agosto 03, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha

E agora?; quantos passos dou em frente até me refrescar?

 

terça-feira, agosto 02, 2016

A intimidade com as objectivas, Sevilha


Nos modernos Dupont e Dupont, aqui no feminino, as bengalas cabem agora na palma da mão!
  



segunda-feira, agosto 01, 2016