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segunda-feira, março 31, 2014

Imagens de rua

A menina esguia que escuta atenta cada palavra mental do leitor com cabelos brancos.

 

domingo, março 30, 2014

sábado, março 29, 2014

Castro do Zambujal






Um museu, seja ele ao “ar livre” seja integrado num espaço permanente ou provisório, destina-se sempre a servir o público que o visita, entenda-se a sua postura como imobilista ou não, pois um MUSEU, para além de acolher quem o procurou por qualquer que tenha sido a razão do encontro, também vai à procura de novos públicos, devendo estes serem sempre observados através de um heterogéneo caleidoscópio, que fazendo preguntas para obter respostas permita ficar depois a saber quem são os seus visitantes, de onde vêm, que expectativas os conduziram até cada exposição, e se eles ficaram ou não satisfeitos.

A obrigação de um Museu, não se deve limitar a conservar e valorizar os seus espólios, mas a construir uma rede de comunicação permanente com os seus frequentadores habituais, que permita criar uma comunidade não só interactiva com o Museu mas também entre si mesma, de forma a fortalecer a sua capacidade crítica e daí ampliar o seu universo, que desde logo numa primeira aproximação deve encontrar a comunidade onde está integrado. Na sua identidade, cada Museu tem as suas características diferenciadoras quer pelo património edificado onde ser insere, quer pelas obras expostas, mas um “Museu de ar livre” tem um grau identitário muito mais poderoso, e que lhe é conferido pelo seu posicionamento geoestratégico e pela sua estrutura única, imutável e não sujeita a influências de correntes de expositivismo “filosófico” ou economicista. 

Ao ar livre, sem um centro de interpretação é conveniente complementar as visitas com a absorção dos espólios materiais que tornaram os lugares habitáveis, e que estando agora guardados e visíveis ou apenas publicados, são a “sala” seguinte, sem o que a visita não passará de um refeição meramente artificial tomada em pé num hall de entrada.



Neste âmbito de património museológico, nunca ninguém será capaz de avaliar o que verdadeiramente deixou já de aprender ou de apreender no tempo que ficou para trás, e por isso, os balanços devem servir de estímulo colectivo para podermos absorver ainda tudo aquilo que está mesmo ao nosso alcance, projectando novas formas, ou fórmulas, para o conseguir, e conjugando todas as oportunidades que se nos deparem para o efeito, nem que para isso seja necessário percorrer a pé mais umas centenas de metros.


 

Mas, em qualquer dos casos, a questão central continua a ser o modelo de cultura que é definido a cada passo pelo Poder, o resultado desse enraizamento, e a noção de rentabilidade social que aporta ou não a cada um de nós, e também a consciência de que cada indivíduo tem o direito à sua forma própria de abordar os factos, e portanto, a imposição do contorno das “paisagens” é conflitual com a interpretação subjectiva dos acontecimentos e só os dados materiais certificados são susceptíveis de figurar como de leitura obrigatória.

Revisitar recentemente durante alguns minutos o histórico “Castro do Zambujal”, foi fruto de um “dano colateral”, pois limitou-se a aproveitar uma passagem numa estrada relativamente próxima com apenas uma ida ao cabeço onde foi implantado um “sítio” que se veio a “transformar” num Museu de Arquitectura Arqueológica ao ar livre, e de primeira grandeza, ficando o encontro material com o Museu de Torres Vedras para uma oportuna deslocação intencional que materialize tridimensionalmente a visão oferecida pelas extensas publicações em vários volumes do Arqueólogo Português. O Monumento actual, é constituído pelo que restou de uma ocupação fortificada no período Calcolítico da Estremadura Peninsular, tratando-se do mais imponente conjunto conhecido de estruturas defensivas, capazes de fazer frente à disputa pelos percursores da navegação na costa Atlântica ao produto das notáveis competências metalúrgicas dos seus habitantes, e cuja planta inicial foi severamente degradada pelo aproveitamento dos materiais constituintes das suas muralhas para a construção no local de um vasto conjunto habitacional de vocação agrícola durante o século XVIII. 

O estado actual do Monumento é um pouco desolador, visto que as muralhas foram sendo progressivamente tomadas pela vegetação, mantendo-se as mesmas quase inalteradas desde 1996 pela solidez da construção inicial e das metodologias aplicadas na consolidação das estruturas nas sucessivas campanhas arqueológicas que foram clarificando a natureza e a importância da ocupação, sendo de registar que não existe qualquer controvérsia sobre a proposta de modelo arquitectural actualmente em exposição no Museu de Leonel Trindade e amplamente divulgado na Europa, até porque todas as intervenções ocorridas após as escavações em 1944 da responsabilidade do seu “descobridor”, hoje o titular do Museu de Torres Vedras, foram amplamente participadas e custeadas pelo Instituto Arqueológico Alemão de Madrid. A visita ao local, permite sentir a densidade das muralhas que as imagens, ou os desenhos sempre apenas aproximam, e apreciando o panorama circundante ao mesmo tempo que o mapeemos mentalmente em relação à costa Atlântica, ajuda também a atribuir o devido valor à escolha daquele ermo para implantação de um dos mais importantes centros do Poder do Calcolítico na Península Ibérica.
 




















 


A interpretação de um habitat com cerca de cinco milénios é uma das tarefas mais difíceis de realizar pois alguns dos seus constituintes são "mudos", e não é seguro atribuir significados à luz de comparações com eventuais semelhanças com estruturas mais recentes, como é o caso da imagem acima, que retrata o que se "chama" de barbacã, sendo que as frestas não podem seguramente ser sobrepostas às seteiras medievas de função, esta sim, inquestionável. Um Museu de ar livre, será sempre um contentor de tesouros, escondidos até à eternidade. 





sexta-feira, março 28, 2014

A intimidade com as objectivas

Das saudades da minha Guia que nos conduziu da estufa quente du Jardin Botanique au Lac, até ao despontar florido do começo da Primavera no Parque Natural da Ria Formosa, vai a ilusão discreta da proximidade entre a natureza das distâncias.







 

quinta-feira, março 27, 2014

A intimidade com as objectivas


Domando o cavalo de bronze que expele pela boca o fogo da animação celestial que o atingiu


quarta-feira, março 26, 2014

A intimidade com as objectivas

Das saudades da minha Guia que nos conduziu da estufa quente du Jardin Botanique au Lac, até ao despontar florido do começo da Primavera no Parque Natural da Ria Formosa, vai a ilusão discreta da proximidade entre a natureza das distâncias.








 

terça-feira, março 25, 2014

A intimidade com as objectivas

Das saudades da minha Guia que nos conduziu du Jardin Botanique au Lac, até ao despontar florido do começo da Primavera no Parque Natural da Ria Formosa, vai a ilusão discreta da proximidade entre a natureza das distâncias.









 

segunda-feira, março 24, 2014

A intimidade com as objectivas


Das saudades da minha Guia que nos conduziu du Jardin Botanique au Lac, até ao começo da Primavera no Parque Natural da Ria Formosa, vai a ilusão discreta da proximidade entre a natureza das distâncias.
 
 






 

domingo, março 23, 2014

A intimidade com as objectivas


Apreciar a beleza de uma Cidade através de imagens espelhadas.










sábado, março 22, 2014

O dia Mundial da Poesia, e a intimidade com as objectivas


25 de Fevereiro no despontar noturno, e a natureza colorida associando-se a um dia de Festa.



Ontem é passado
o dia de hoje também acaba
a Primavera foge.


Yosa Buson, Primeiro Amor e outros poemas, cerca de 1757










sexta-feira, março 21, 2014

Retalhos da vida


No dia em que se estabeleceu o começo da Primavera, o Avô das minhas Netas e meus Netos, amassou um bocado de barro branco, formou uma pela, e a partir daí com as duas mãos criou uma forma única, que hoje já seca foi acabada e batizada com o nome de Primavera. Agora, esperemos por ver o resultado final. 







 



A intimidade com as objectivas



Olhar o Mundo através da Ciência




quinta-feira, março 20, 2014

A intimidade com as objectivas


Auto-retratos que registam presença, olhares, lugares e emoções














quarta-feira, março 19, 2014

terça-feira, março 18, 2014

segunda-feira, março 17, 2014

domingo, março 16, 2014

Geneve








As saudades saborosas e doces, ficaram lá longe, escondidas pelo Sol entre frios raios de luz que confundiram a estação do ano com as memórias de migalhas do Sul envoltas em musgos prateados, e agora vamos partilhar olhares sobre um mundo para sempre desconhecido de outros, porque não estiveram por ali durante aqueles segundos encantados. Recomeça aqui a contagem decrescente para uma fronteira com cerca de 365 dias, que vai separar o desejo no reencontro com a atmosfera recriada de uma unidade de corações fraternos, embora condicionado pela imponderabilidade de actuais e futuros comportamentos ditos “europeiistas”. Como o melhor alimento para contrariar as saudades saborosas e doces é confiar nas nossas capacidades de trabalho para vencer as cortinas de frio e do vento que a hipocrisia nos estende, e o tempo cada vez corre mais depressa, daqui a nada estaremos de volta em volta para novos abraços, outros sorrisos e olhares, descoberta de novos recantos, relembrar as luzes que não adormecem, provar afinal que os criadores do belo teimam em tornar cada dia mais acessível à sua inspiração metamórfica.









 




terça-feira, março 11, 2014

segunda-feira, março 10, 2014

A intimidade com as objectivas


É uma ruína, mas podia ser uma “instalação”!

Na verdade, um casal de cegonhas instalou-se aqui, fez um ninho e partiu, emigrou talvez, mas deixou sementes para que no meio dos galhos secos nascesse um canteiro Verde!
 
 
 

domingo, março 09, 2014

A intimidade com as objectivas


Urbanismo rural, abandonado pelas simetrias da cal, que constrói suaves assimetrismos multicoloridos.
 
 

segunda-feira, março 03, 2014

domingo, março 02, 2014