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sábado, setembro 30, 2017

A "peça" do mês


 
A imagem da “peça” arqueológica deste mês transformou-se, pela sua importância, no relato de um acontecimento especial ocorrido num Monumento Megalítico.
Fez-se dia, e da varanda do quarto a imponência do horizonte marcado pelo recorte da cabeça adormecida na Peña de los Enamorados, que se julga ter sido decisiva na implantação do conjunto megalítico de Antequera, e com quem se terão “relacionado” os planificadores do corredor do Dolmen de Menga.
 
 
A celebração do Equinócio Megalítico no interior do Dolmen de Viera ocorreu já o Sol tinha subido bem por cima do Cerro de San Cristobal. Na sua trajectória circular o Sol começou por iluminar os ortóstatos do corredor à esquerda de quem entra e foi invadindo o Dolmen até atingir a Câmara funerária e continuar o seu percurso iluminando os ortóstatos do lado oposto. Os 12 “convidados” encostaram-se em fila, primeiro de um lado e depois no oposto, enquanto um músico “escondido” na Câmara acompanhava os raios solares com instrumentos de precursão e de sopro, revelando a sonoridade excepcional oferecida pelo interior do Monumento.
 
 
Para fecho, o Músico Jose Manuel Ariza completou a sua performance junto dos visitantes sentados na entrada do Monumento, e antes de regressar à realidade a Victória Perez ainda me presenteou com um exemplar do MENGA 07, ainda em edição, como agradecimento pelo meu modesto e nele citado contributo em “An overview of chalcolithic copper metalurgy from Southern Portugal”.
 


Minutos inesquecíveis, onde tenho de intercalar a visita na véspera ao Dolmen del Romeral, talvez o mais impressionante da Conjunto de Antequera pelo processo construtivo das duas Câmaras funerárias contíguas em falsa cúpula, tal como nos “nossos” Monumentos de Alcalar.

 
 
 
 
 
 






 
 
 

 


Liberdade plena no significado a atribuir à projecção da minha sombra na entrada do Monumento.
 
 
 
Há uma imagem do romper do Sol pelo corredor do Dolmen de Viera, que gostaria de poder ter captado mas já estava dentro do Dolmen nesse momento, e por isso “roubei-a” à publicação no FB pela entidade gestora do Monumento.
 
 
 



Na imagem seguinte, de quando já o Sol havia nascido e quando nos aproximámos do Dolmen, podia-se observar que o cerro mais próximo da colina de implantação do Monumento já se encontrava bem soleado, e por isso o rigor posto na sua construção para que, medindo a cota com rigor, num determinado momento a iluminação do corredor correspondesse aos desígnios da actividade cénica que envolvia o ritual da relação entre a importância o Sol e as populações que viveram nas suas proximidades, e que erigiram aquela importante estrutura pétrea. É admissível a teoria da abertura anual do espaço funerário para que os restos mortais já ali depositados fossem iluminados pelo Astro Rei na ocasião do Equinócio. 
 
 



Parte do mini-concerto de música ancestral com que terminou o evento está disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=twN5HMk6fXY

https://www.youtube.com/watch?v=a-NKhPdfsYo

https://www.youtube.com/watch?v=iG4-7WnRdaU
 

sexta-feira, setembro 29, 2017

quinta-feira, setembro 28, 2017

quarta-feira, setembro 27, 2017

terça-feira, setembro 26, 2017

segunda-feira, setembro 25, 2017

domingo, setembro 24, 2017

sábado, setembro 23, 2017

sexta-feira, setembro 22, 2017

quinta-feira, setembro 21, 2017

quarta-feira, setembro 20, 2017

segunda-feira, setembro 18, 2017

domingo, setembro 17, 2017

Dolmen de Soto, Equinócio de Outono




Desde sempre que o Homem procurou, lacto senso, compreender a Natureza. O Homem primitivo sobreviveu a partir das condições que a Natureza lhe foi oferecendo, e de como se relacionou naturalmente com ela e com o Universo que por cima da sua cabeça lhe condicionava o bioritmo, e, na sua relação com a Morte desde “cedo” procurou encontrar os ambientes que melhor o podiam reintegrar no desconhecido que o havia gerado. Se os sinais mais distantes dos rituais pós mortem não conseguiram chegar até nós, há cerca de cinco milénios atrás sobrevivem motivos para nos interrogar-mos e pelo menos poder observar alguns fenómenos que ou se aproveitam, ou no limite não os sabemos merecer.  
A imagem de ontem (cerca das 8.15H locais) foi-nos “oferecida”, pelos construtores do Dolmen de Soto que orientaram o respectivo corredor para o horizonte onde despontava o Sol no Equinócio de Outono, e ainda por quem gere o Monumento que o abriu objectivamente aos visitantes e pelos ditâmes metereológicos de um amanhecer radioso; a “linha” do Sol bem visível, já estava no final do seu percurso da esquerda para a direita, pela “janela” do corredor, e podem observar-se alguns grafitos simbólicos nos dois menires proximais. Os menires do cromelec circular que existiu no local (provávelmente todos decorados ritualmente) foram posteriormente integrados no levantamento do Dolmen. 

sábado, setembro 16, 2017

sexta-feira, setembro 15, 2017

quinta-feira, setembro 14, 2017

quarta-feira, setembro 13, 2017

terça-feira, setembro 12, 2017

A intimidade com as objectivas

A força da fortaleza e a fragilidade do envelhecimento,

 
 

 

segunda-feira, setembro 11, 2017

Dia 15 de Agosto, dia de Festa




Desafiado por um Genro fui assistir à segunda parte de um leilão de cartazes de cinema, onde havia permanecido o meu outro Genro.
A base de licitação foi de 1€ em cerca de 2/3 dos cartazes, e quando surgiu um cartaz português de um filme italiano com o título Almoço de 15 de Agosto pedi ao meu Genro presente no leilão para o comprar; não houve réplica, e ficou por 1€ bem como um outro, mais de acordo com a minha geração cinéfila, que ficou a aguardar pela hora do jantar. Um Almoço de Família, onde só não puderam comparecer alguns poucos dos meus mais chegados Amigos. Quanto ao bolo de Aniversário, foi um dos mais belos que a minha Prima Nelinha me ofereceu por esta data, e feito por encomenda em Portimão. 
 
 
 


domingo, setembro 10, 2017

sábado, setembro 09, 2017

sexta-feira, setembro 08, 2017

Málaga, Museu

Picassomania,

 
 
 



 

quinta-feira, setembro 07, 2017

quarta-feira, setembro 06, 2017

terça-feira, setembro 05, 2017

Património ao Luar




(Re)Conhecer o património de um País ou de uma Região, para o valorizar é uma “actividade” recente. E não custa muito, pois o saber não ocupa lugar, e o maior constrangimento é o chamado “tempo”! Quando “há” tempo, e se conjugam vários factores, como por exemplo uma noite de Verão, que tem pelo menos a temperatura a seu favor, ela pode ser aproveitada na aprendizagem da alguns dos caminhos do passado hoje desaparecidos ou destruídos pela “modernidade”. Foi assim que, neste evento organizado pela Câmara Municipal de Loulé, se caminhou à beira mar cerca de 7 km a partir da Praia de Loulé Velho até ao Museu do Cerro da Vila, com várias paragens nos locais que faziam parte da cartografia monumental ou arqueológica do percurso, já invisíveis ou com pequenas evidências que só os expert sabem indicar. 



As imagens seguintes, são da autoria do Pedro Barros, e foram disponibilizadas pelo Museu de Loulé.