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quarta-feira, dezembro 31, 2014

A intimidade com as objectivas


 
 
 
 

 
 
 
 
 



2015, não podia ter acabado melhor.
Frio, Sol radioso, a beleza do Tejo.

 

 
 
 
 

 
 
Levar quem tem um promissor Futuro, a aprender como se fazia a Electricidade em Lisboa na primeira metade do século XX.





 
 
 
 



E, ver e ouvir os Cidadãos do Mundo com os mesmos desejos que também nós gostaríamos de ver cumpridos por todo o Planeta!

FIRENZE, a intimidade com as objectivas


Quantos milhões de pessoas já pararam neste ponto da margem direita do Arno, e com uma claridade semelhante, olhando para a outra margem fixaram na sua memória mais ou menos pedaço deste horizonte?
Nem eu consegui fazer igual a mim próprio, e também nem se pudesse saberia escolher a mesma Luz!
A imagem escolhida, há já muitos dias, para fechar 2014.
 
 
 

terça-feira, dezembro 30, 2014

FIRENZE, imagens de rua





À beira das “lojas de conveniênia” como a Louis Vitton…,do Pallazo Strozzi sob o olhar perspicaz de Picasso, e no âmago das contradições da Democracia no que aos sentimentos das divergências de classes diz respeito, afinal pouco mudou desde 70’s pois voltámos a encontrar jovens numa manifestação de reclamando pelos seus direitos, embora agora os alvos se disperssassem entre o Governo Nacional e o da EU; neste ano, com menos participação mas com a mesma convicção e palavras de ordem mais duras. Numa troca de palavras com um das oraganizadoras respeitàmos o seu pedido de não fazer imagens que permitissem identificar o conjunto de manifestantes que enfrentavam o obstáculo em que os Carabinieri se haviam transformado para impedir o acesso à via em que porta sim, porta sim, estão instaladas as melhores das “lojas de conveniência” para quem não olha mesmo para o preço marcado na etiqueta, pois por mais elevado que ela seja conformar-se-á sempre com o saldo de qualquer uma conta bancária, em off ou em on. 
 
 
 
 


segunda-feira, dezembro 29, 2014

FIRENZE, imagens de rua


 


Pelas esquinas, andam modelos vaporosos cuidando dos pertences escondidos em malas de marca, apreciando a utilidade solitária dos bancos corridos à volta dos Palazzi, outrora palcos de encontros para os negócios que agora se fazem por wifi abrigados dos intrusos que escutam e fotografam tudo o que é suspeito de ter valor acrescentado.






 

domingo, dezembro 28, 2014

FIRENZE, imagens de rua




Há imagens que precisam de ser explicadas.
O caricaturista, estava atenta e divertidamente rodeado não apenas pela apreciação à correspondência entre os traços do seu carvão e o retratado, mas pela alegria activa dos movimentos rapidíssimos da sua mão.




 

sábado, dezembro 27, 2014

FIRENZE, Dark night

 
 
Voltamos à noite de Firenze, à sua Piazza Cívica, centro do poder del Popolo, que não o era apenas no Medievo Republicano, mas também pujante quase no final do século XX, quando os Florentinos se revoltaram perante a anunciada renovação do pavimento da Piazza de la Signoria e impuseram a reversão do processo, reeditando a sua capacidade de firme resistência a toda a espécie de intrusão, viesse ela disfarçada de portadores da “nova” palavra na ponta das espingardas alemãs ou de pretensos renovadores da qualidade de vida urbana. Firenze ainda, das nossas memórias de vários festejos do 25 de Abril, dia da Libertação da Itália do jugo fascista do ditador Mussolini, onde nos desfiles e concertos as bandas de música abrem e fecham as comemorações com Bella Ciao, a canção dos partigiani que travaram na clandestinidade uma luta por vezes mortal contra o ocupante germânico e os seus aliados fascistas.

 
 
 

Não se chega à Piazza de páraquedas, muito menos através daqueles brinquedos que estão na moda com os quais se lançam bolas luminosas para o céu e que produzem depois um traço colorido descendente nas imagens fotográficas “lentas”, a versão minimalista e modernista das catapultas “elásticas” imaginadas por Michelangelo, que tem por ali perto aliás um pequeno Museu com as suas invenções mais susceptíveis de atrair a curiosidade dos mais novos pela reprodução em escala reduzida de muitos dos seus engenhosos modelos, depois acessíveis a algumas bolsas na respectiva loja. Deixa-se o hotel e, a pé como é mister andar em Itália, caminhamos pausadamente pelas ruas semi iluminadas para perceber como cada uma delas pode ter diferentes pontos de atracção depois do sol se ter posto, e como numa atmosfera menos ruidosa do que a diurna se ouvem melhor os diálogos multilíngue com os grupos de gente com que nos vamos cruzando, e não inovando no percurso mais directo para o nosso objectivo final, lá nos encontramos de repente perante um aumento significativo da luz ambiente, porque os projectores municipais fazem ampliar os seus quilowats nos mármores alvos do conjunto monumental do Duomo.

 
 
 



Depois, há um aumento generalizado de penumbra no negativo, pelo contributo dos espaços comerciais que esperam atrair os turistas para as tabuletas com os preços dos artigos expostos nas montras e ajudados pelo romantismo da noite convencê-los de que o preço é alto mas vale a pena levar para sempre um qualquer adereço ou objecto, uma simples armação ocular Armani, que faça perdurar a lembrança daquele encontro com muitas das mesmas pedras começadas a polir pelos cascos dos esguios puros-sangue árabes, ou dos corpulentos lusitanos que movimentavam as carruagens dos Medici e seus primos entre os Pallazi.  

E se numa noite de Outubro, chegados à Piazza della Signoria, não havia bandas de música e descendentes dos partigiani cantando a Bella Ciao, podia-se fixar e apreciar durante horas toda a monumentalidade circundante e cada um dos seus detalhes envoltos no melhor dos artificialismos luminosos, com a calma dos acordes temperados de uma guitarra espanhola que espalhava a sua sonoridade ajudada por tantas paredes pétreas centenárias de sonoro recorte reflector.
 
 
 




A “curta metragem” anterior, resultado líquido e imediato de um somatório de centenas de imagens “fixas”, procura apenas preservar alguns segundos do ambiente que encontrámos, e não substitui portanto o olhar crítico de cada enquadramento logo seguido por um “disparo” ou seja, um click musical que ecoa pela noite, depois de visto e revisto dentro do rectângulo imaginário da resolução digital, mas também, se isso fosse indispensável, constata como caminhamos para tornar cada vez mais difícil individualizar a apreciação e o relato de um pequeno acontecimento; os milhões de registos binários capturados durante o tempo que estas imagens documentam pelas centenas de pessoas que partilhavam o mesmo espaço, desde que aglutinados, poderiam reconstituir tridimensionalmente aquele panorama, e aproximarem-se uns dos outros e entrar para uma difícil disputa do melhor plano com a melhor luz, e então chamaríamos o diabo para escolher a quem entregar o prémio.





 (Clicar sobre a imagem)

sexta-feira, dezembro 26, 2014

A intimidade com as objectivas


 
 

Ao mesmo tempo que o Inverno se consome a pouco e pouco, e os dias começam a crescer, é possível percorrer e mostrar Lisboa, ilustrando memórias dos 60´s, como por exemplo, uma Estação Fluvial “visitada” por um Mustang companheiro de idade de velhos cacilheiros, como o “Trafaria Praia” restaurado e hoje viajante ilustre, que faziam a travessia entre Belém e a Trafaria ou entre Belém e Porto Brandão, num tempo sem ponte sobre o Tejo, e quando para se aceder às praias da Costa da Caparica era esta a primeira parte do precurso, completada depois através de camioneta até às paragens das três praias com nome próprio – Campismo, Santo António e Costa.







A beira rio, ainda permite criar ilusões sobre a "simplicidade" da  enorme empresa que foi a construção do Monumento do Cristo Rei.


quinta-feira, dezembro 25, 2014

NATAL

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
 
FERNANDO PESSOA




Encontrar em Almada Negreiros e Fernando Pessoa, a simbiose imaginária, porque Natal também é cada vais mais Sonho!

quarta-feira, dezembro 24, 2014

LISBOA, a intimidade com as objectivas


Na confluência entre a água doce e a água salgada, ao mesmo tempo que o SACORII se faz ao mar, a beira do Tejo oferece o melhor clima para corridas e emoções verde/azul.
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 

terça-feira, dezembro 23, 2014

LISBOA, a intimidade com as objectivas

Sendo uma das características da estabilidade emocional humana da “idade pós-adulta”, a sua relação próxima com a alegada existência do bio-ritmo, passado um ano sobre as vésperas de Natal de 2013, é com alegria podermos constatar que a Rosa dos Ventos continua a ajudar-nos à junção no coração do Amor, trazendo a cada um uma pequena lembrança embrulhada no brilho da humidade lacrimal e das suas gargalhadas, numa época em que não há grilos nem pirilampos, voltamos à Lisboa, e desta vez, até o Sol de Lisboa, figura ao centro do nosso Universo.
Neste repetido ritmo de revisitação anual em queremos enquadrar o presente e o nosso “melhor” futuro, os dois principais protagonistas vão ser Almada Negreiros, e o Rio Tejo, ponto de chegada e de partida das mais importantes etapas da vida lisboeta.
 
 
 
 
 
 

 
As relações entre as actividades na margem do Tejo onde outrora se tecia o cordame para as Caravelas e hoje desfilam as duas rodas em diálogo com as águas calmas agitadas pelos cascos motorizados, são a primeira proposta para a revisitação de uma Lisboa Moderna.



 
 
 
 
 

 

segunda-feira, dezembro 22, 2014

FIRENZE, a intimidade com as objectivas

Voltaremos à noite de Firenze depois do Natal.
Por agora, regressamos aos nossos torrões.


 
 
 
 
 

 

domingo, dezembro 21, 2014

FIRENZE, a intimidade com as objectivas


Na noite, a presença da cor, no vigôr das poderosas presenças estáticas, que concorre com o “movimento” oferecido pelo brilho de um conjunto de corredores que atravessam seguros a área pedonal do centro histórico. 


 
 
 
 
 




 

FIRENZE, A intimidade com as objectivas


Na noite de Firenze, a relação entre “a cor” das fachadas Florentinas rebocadas e os revestimentos de mármore do maior conjunto Monumental Católico é um dos mais notáveis constrastes universais, a sua vivência permite apreciar com calma a arte pública sem as nuvens de turistas, devendo fazer parte de um roteiro de autor.


 

sábado, dezembro 20, 2014

FIRENZE, a intimidade com as objectivas


Em contraste com o dilúvio nocturno em Siena, Firenze ofereceu-nos logo na primeira noite um ambiente atmosférico ideal para continuar a refundação das imagens mais apetecíveis, que aparecerão aqui em blocos, e só as necessidades orgânicas do sono interromperam o reatamento com a transposição das palavras da memória para um cenário real.





 

sexta-feira, dezembro 19, 2014

FIRENZE, imagens de rua


Uma versão actualizada do comércio de sobrevivência dos emigrantes africanos que procuram a Europa, e escapam às tragédias na travessia do mediterrâneo, que passaram das estatuetas de madeira e outras bugigangas para a venda de livros usados à porta de um Livraria de referência.
 
 
 

quinta-feira, dezembro 18, 2014

FIRENZE, imagens de rua


Se lá no alto a ausência da janela encontrou no reboco colorido o respeito pela grandiosidade da fachada, já na janela ao alcance dos “grafitti”, estes engrandecem a solução, e acaba por sobreviver à rigidez da lei. 


 
 
 
 
 




 

quarta-feira, dezembro 17, 2014

FIRENZE, a intimidade com as objectivas


Enquadrar reflexos num rectângulo harmonioso (sem vaidade…).



terça-feira, dezembro 16, 2014

FIRENZE, imagens de rua

Postada numa esquina estava a mão estendida de um pedinte, velho, de longa barba branca, enquanto apressada uma mão jovem segurava o objecto “indispensável” para quase todos, menos para o mendigo.




 

segunda-feira, dezembro 15, 2014

FIRENZE, primeiras imagens de rua


Se o Renascimento é uma das fazes mais simbólicas da História da Europa, tendo deixado uma herança cultural inigualável, regressar a Firenze não é apenas um renascimento, mas acima de tudo um reencontro com uma dos expoentes maiores na museologia urbana sul europeia, e tanto faz qual é percurso a escolher para começar o diálogo com o património sempre circundante, sendo também indiferente a maior ou menor luminosidade, para se começar logo com encontros inesperados, seja com uma “instalação” que projecta minorar o abandono de um edifício “moderno” entretanto arruinado, que havia ocupado as ruínas de “Sant’Orsola” e era agora palco para uma denúncia imaginativa de um conjunto de fotógrafos, seja com uma exposição apelando para a aceitação da “Espiritualidade” como a mensagem proposta de entendimento com a vida dos Índios Americanos, ou seja com o enorme bulício de um burgo plano onde as duas rodas não motrizes são raínhas no seu núcleo mais central agora desafectado de transportes poluentes.

 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 






 
 
 
 

 

domingo, dezembro 14, 2014

A intimidade com as objectivas

Antes de “chegarmos” a Firenze, um curto separador com o sol deste Dezembro a invadir corações saltitantes à beira mar, o pescador regressando veloz depois da faina, os retoques na doca seca e os passeios agasalhados à beira mar!
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 



 

sábado, dezembro 13, 2014

SIENA, imagens de rua

“Finalmente”, o virar da página de 24 horas em Siena!
Como ninguém pode visitar todo o Mundo, mesmo aquele que parece estar ao nosso alcance, só vale a pena aprofundar as relações íntimas com um espaço natural desde que se saiba apreciar palmo a palmo tudo o que está à vista, e que a vista não desista de rever o Siena lembrando Platão, para quem o belo é o bem, a perfeição e a verdade!
Como aperitivo de um almoço típicamente à Italiana, o primeiro actor foi um dos “enormes” porcini, que havíamos namorado na primeira passagem pela porta do restaurante, e que reduzido pela grelha partilhámos devagarinho, para a seguir surgir o encanto indispensável das massas acompanhadas com um mezo di rosso, caindo o pano sobre um expresso.

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 




Se o Palio é noutro tempo, e como apenas os eleitos poderão viver a força desse espectáculo impar, a fotografia é uma das mais valias nas Galerias de Siena que se abriram para nos oferecer a força das últimas imagens, depois de aproveitados pela manhã os minutos de sol envergonhado, antes da chegada de novas bátegas de água batidas a vento, que nos “expulsaram” da Cidade, e que só pararam já perto da chegada a Firenze, encharcando-nos dos joelhos para baixo no embora curto trajecto até à estação da camionagem.