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domingo, janeiro 31, 2016

Lisboa, imagens de rua


SADE



Como a evolução familiar foi transmutada por uma imigração forçada, abriu-se um vale verdejante banhado por um enorme depósito de água que alguns chamam de lago, e o nosso destino encarregou-se de nos alterar as rotinas dos gostos e desgostos e desbravar novos amores materiais. Dos novos hibridos costumes surgiu um amor irrevogável cada ano mais indispensável e que nos absorve horas da nossa acuidade visual pelo contacto direito e muitos instantes de recordação saltitante que chama pela expectativa do próximo ocaso. Do último dos encontros resultou a surpresa com uma profunda reflexão sobre um autor maldito.





 O catálogo rasoné pesando dois quilos,… chegou tempos depois e todo cheio de copy write, o que me impede de ilustrar este texto com mais do que as minhas imagens indirectas, embora com sentida penalização face à beleza das encadernações maneiras e simples da “ viagem a itália”, uma obra hard core com significado indissociavel da invenção do apóstolo sadismo. As capas dos cadernos, cozidos à mão com capas forradas com papeis soloridos de motivos florais também lembram papéis antigos que capeavam folhas com pequenas quadrículas desenhadas à mão que circundavam os selos que o meu bisavô juntava com revelado esmero demonstrado na forma organizada do "pícolo" conjunto que chegou até mim. Dança entre os meus dedos o marcador que acompanhava o agora meu livro, e que eu já tinha, pois sempre que vou à Fundação Bodmer tiro sempre dois ou três de cima do balcão....


 
 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 

 

sábado, janeiro 30, 2016

Lisboa, Museus e Exposições




No Mosteiro dos Jerónimos, um dos mais belos Monumentos do Universo, na parte cedida “pela Marinha” ao Museu Nacional de Arqueologia, acabada de ser inaugurada com a pompa possível, uma notável exposição, constituída pelas duzentas peças consideradas mais significativas da Lusitânia Romana e propriedade de Museus de Espanha e de Portugal.
 
 
 
 
 
 

 
 
 Enquanto que os curadores das exposições escolhem as obras pela sua valia, os visitantes escolhem as imagens que melhor impressionam os pixeis que levaram de companhia.
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
E porque “tudo começou” com os estímulos da Lusitânia, fica bem lembrar que, por um lado já entreguei ao Museu de Serpa milhares de cacos recolhidos ao Sol e à chuva na superfície lavrada da folha de sequeiro intensivo que assenta sobre os restos da Villae conhecida por Cidade das Rosas, e por outro todos continuamos a ser influenciados no dia a dia pelos sinais positivos que o Império Romano implantou nos territórios por onde passou, vastidão geográfica que alguns autores definem com um conjunto de Cidades ligadas por calçadas de pedra. As imagens de alguns dos primeiros cacos são a melhor demonstração sobre a capacidade magnética que os levam, passados quase dois milénios, a atrair tantas competências para, afinal se discutir “apenas” a História.
 

 
 
 
 

 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 


sexta-feira, janeiro 29, 2016

Lisboa, e o Centro do Universo

Quando o mar é rasgado e quase invade o universo especial de um Planetário.

 

quinta-feira, janeiro 28, 2016

quarta-feira, janeiro 27, 2016

Ponto de fuga

Uma prova perfeita de como a nossa vista percorre as linhas paralelas afinal que convergem para um preciso ponto de fuga lá no findo do horizonte!
 
 

terça-feira, janeiro 26, 2016

Pontes velhas e novas

Para se atravessar a Ribeira do Enxoé, que hoje alimenta uma importante barragem para a vida urbana e agrícola do Concelho de Serpa, os Romanos construíram uma pequena ponte que agora está aparentemente protegida, já que ao seu lado a estrada corre por um obra de arte do século XX, e ela "serve" de atravessamento às alfaias agrícolas.


 
 
 
 

segunda-feira, janeiro 25, 2016

Alqueva

 
 
 
On a Clear Day, é a mensagem de acolhimento aos olhares que se dissolvem no horizonte do maior lago artificial da Europa, que hoje alimenta todos os campos do Alentejo.
 
 
 
 
 
 
 

 
 

domingo, janeiro 24, 2016

Lisboa, e a oferta cultural, O Círculo Delaunay







Revisitar o CAM,
Até 23 fev




As escolhas dos curadores
Os curadores das exposições que a Fundação Calouste Gulbenkian atualmente exibe destacam algumas obras, explicando de modo breve as razões da sua escolha.



A escolha de Ana Vasconcelos
Na pintura mural que executa para a Exposição Internacional de Paris em 1937, Sónia Delaunay revive as memórias do período que passou no Norte de Portugal, a que chamou 'as férias grandes, um tempo de encantamento com a luz, as cores, as roupas, o ritmo e o modo de vida no Minho. Para esta composição, cujo original media cerca de seis metros de altura, Sónia utilizou pos¬tais de época que reuniam vistas da ponte de D. Luís e do cais da Ribeira com lojas e carros de bois (Porto), e a saída de uma procissão em Ibiza, interessando-lhe transmitir ao cosmopolita público da grande exposição parisiense o exotismo e a riqueza cromática e lumínica dessa inesquecível viagem realizada durante a I Guerra Mundial.




Esta foi uma das cinco telas que Amadeo de Souza-Cardoso enviou pelo correio para Vigo, a Robert Delaunay, no dia 12 de maio de 1916. Destinavam-se a ser expostas em Rarcelona, numa exposição conjunta com obras de Robert e Sónia Delaunay, exposição que não se realizaria. A partir de 19 de junho seguinte, Amadeo pede insistentemente por carta aos Delaunay, a devolução destas obras. As cinco pequenas pinturas constituem um interessante mostruário da pintura que Amadeo desejava apresentar internacionalmente. Em duas delas vê-se este braço articulado de carácter robótico, que surge destacado nesta composição e que se torna um importante elemento iconográfico da obra de Amadeo em 1915-1916.


 

sábado, janeiro 23, 2016

Revisitando VENEZA


Revisitando a actual Veneza (1998,2013), com os olhos em Sépia VIII – Vénise, cujas imagens impressas a sépia do final do século XIX refletiam a sobriedade da vida urbana de então, com as praças e os canais com reduzidíssimo movimento, o que realçava toda a beleza da implantanção arquitectónica.
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 

 

sexta-feira, janeiro 22, 2016

Imagens de rua

Conforto à Italiana,

 

quarta-feira, janeiro 20, 2016

terça-feira, janeiro 19, 2016

segunda-feira, janeiro 18, 2016

Lisboa, e a oferta cultural






A Coleção Wentworth-Fitzwilliam conta-se entre as mais prestigiadas coleções particulares da Grã-Bretanha. A exposição que agora se apresenta na Fundação Calouste Gulbenkian constitui uma oportunidade quase inédita de admirar grande parte das suas obras-primas. Reunidas ao longo de cerca de quatrocentos anos, estas obras, algumas delas mundialmente famosas, contribuíram para fazer da Coleção Wentworth-Fitzwilliam aquilo que ela hoje é: uma extraordinária coleção de arte que, simultaneamente, nos faz recuar no tempo e reviver momentos cruciais da história de Inglaterra.
A origem da família remonta ao tempo de Guillherme, o Conquistador, e, durante séculos, esteve indissociavelmente ligada à sua propriedade de Wentworth Woodhouse, no Yorkshire, no norte de Inglaterra. Nesse extenso domínio foi edificada uma residência sumptuosa, cuja construção se iniciou em 1725, com uma fachada de 180 metros de largura, então a mais longa da Europa.
Os dois maiores colecionadores da família ficaram contudo conhecidos, em momentos diferentes, pelo seu profundo envolvimento político. Thomas Wentworth, t.° conde de Strafford (1593-1641), foi uma figura a todos os títulos extraordinária, até pelas opiniões antagónicas que suscitou entre os seus contemporâneos. O seu papel mais relevante desenvolveu-se na Irlanda, onde governou como vice-rei, tornando-se mais tarde, em 1639, conselheiro-mor de Carlos I.
Durante os anos conturbados da Guerra Civil Inglesa e para bem do reino, Wentworth aceitou o seu destino trágico, facto que o monarca viria a lamentar até ao fim dos seus dias.
A proximidade de Wentworth ao universo das artes passou essencialmente pela encomenda de uma série significativa de retratos de membros da família e de figuras ligadas ao poder realizados por Anton van Dyck, pintor da corte do rei Carlos I e indiscutivelmente o seu artista favorito. O pintor, que marcaria de forma decisiva a arte do retrato em Inglaterra, foi autor do retrato de corpo inteiro de Thomas Wentworth, inspirado numa obra célebre de Ticiano, bem como do retrato dos seus três filhos, onde surge representado William, futuro 2." conde de Strafford, obras que merecem destaque nesta exposição.
O 2.° conde teve, por seu lado, o mérito de identificar quer as figuras dos retratos que havia herdado do seu pai, quer as daqueles que ele próprio parece ter encomendado, e entre os quais se destacam as do rei Carlos II e da rainha D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV, rei de Portugal. As inscrições acrescentadas durante a sua vida à grande maioria dessas representações, um esboço de inventário da colecção, identificam detalhadamente os modelos, mesmo quando a sua identidade, tratando-se na sua maioria de figuras da família real, dificilmente pudesse vir a ser esquecida.
O segundo grande momento da coleção deveu-se a Charles Watson-Wentworth (1730-1782), 2.° marquês de Rockingham, que, encorajado pelo seu pai, Thomas Watson-Wentworth (1693-1723), 1.° marquês de Rockingham, acabaria por se tornar um ilustre coleccionador de escultura antiga. Por duas vezes primeiro-ministro whig (1765-1766 e 1782), líder da Câmara dos Lordes, Rockingham teve como grande mérito o apoio à causa dos colonos, tendo, nesse sentido, dado os primeiros passos para pôr fim ao envolvimento britânico na Guerra da Independência Americana. Os retratos onde surge representado, quer pintados por Sir Joshua Reynolds, quer esculpidos por Joseph Nollekens, que aqui se apresenta, dão a dimensão do homem ímpar que foi.
Enquanto colecionador, Rockingham ficou sobretudo conhecido como o mecenas de George Stubbs (1724-1806), o mais notável pintor de cavalos do seu tempo. O entusiasmo que a obra do artista lhe mereceu teve origem na sua imensa paixão pelas corridas de cavalos e por todos os aspetos a elas associados. O resultado desta «aliança» foi uma sequência de pinturas de valor superlativo, de escala monumental, de que é exemplo o famoso Whistlejacket (The National Gallery, Londres). A oportunidade de podermos admirar em Lisboa algumas destas obras constitui, assim, um privilégio raro, já que as suas composições se encontram apenas conservadas em países da atual ou da antiga Commonwealth Britânica.
Ao longo do século XIX a coleção continuou a ser aumentada e os seus proprietários nunca deixaram de dar provas da estima que lhe devotaram. Esse cuidado ficou demonstrado no ano de 1870, com a realização de A Catalogue of the Pictures at Wentworth Woodhouse as at present arranged [«Catálogo das Pinturas em Wentworth Woodhouse tal como se encontram agora dispostas»], composto por 258 ilustrações pintadas à mão das obras então conservadas na residência da família Fitzwilliam, volume também presente nesta exposição. A atual guardiã da coleção continua a mantê-la viva graças a aquisições ponderadas, pri-vilegiando sobretudo mestres antigos, à semelhança do que acontece na coleção de pintura reunida em vida por Calouste Sarkis Gulbenkian, na qual merecem também destaque o retrato e a paisagem.







 

domingo, janeiro 17, 2016

VENISE

 



Recebi este Livro como prenda de Natal, uma belíssima obra gráfica.
É uma espécie de caderno de viagem ilustrado com reproduções fotográficas, mas em que o texto é ficcionado no passado a partir daquelas, as quais maioritáriamente anónimas foram conseguidas em arquivos de coleccionadores, estão impressas a sépia, tendo sido tomadas nos finais do século XIX. 


Para pontuar este facto, como merece, acrescento uma imagem de Veneza tomada em 1998 pela Maria do Carmo, e digitalizada a partir de um um rolo Aps.
 



 


sábado, janeiro 16, 2016

Lisboa, e a oferta cultural

 
 



Calouste Sarkis Gulbenkian (1869-1955), de origem arménia, nascido no Império Otomano, em Scutari, junto a Constantinopla, cedo estabeleceu relações duradouras com o Reino Unido.
Em 1887, conclui a sua formação em engenharia e ciências aplicadas, no Kings College de Londres, cidade onde se casa com Nevarte Essayan, em 1892. Londres será também a cidade onde fixa residência, adquirindo uma das casas da família - o n.° 38 de Hyde Park Gardens -, que passa a habitar em 1899, lugar do nascimento, no ano seguinte, de sua filha Rita Sivarte. Em 1902, adquire a nacionalidade britânica.
A partir da importante praça financeira londrina irá promover negócios a nível global e desenvolver uma rede de contactos com negociantes e especialistas de arte, muitos dos quais serão figuras-chave no aconselhamento das suas aquisições e no destino a dar às suas coleções.
O ecletismo que caracteriza as suas múltiplas escolhas encontra em Inglaterra o ambiente fértil e os interlocutores certos à construção de um gosto que é tanto singular como tem afinidades com importantes coleções de contemporâneos.
Não será portanto de estranhar que efetue empréstimos de longa duração de importantes núcleos das suas coleções a prestigiadas instituições britânicas, como o British Museum (núcleo de arte egípcia, 1936-1950) e a National Gallery (pintura, 1937-1950).
A exposição possibilita uma perspetiva sobre o colecionismo de Calouste Gulbenkian a partir dos anos passados em Londres, que correspon-dem à génese da coleção. Desenha-se um percurso de várias décadas de aquisições de arte inglesa ou «ao gosto inglês», através de obras que se encontram habitualmente em reserva, algumas delas inéditas, a que se associou Retrato do General William Keppel, de Sir Joshua Reynolds, pintura oferecida por Calouste Gulbenkian ao Museu Nacional de Arte Antiga, em 1949, e agora amavelmente cedida por este museu.
A importância do fundo documental que os Arquivos Gulbenkian encerram, assim como o acervo da biblioteca de documentação que Calouste Gulbenkian reuniu ao longo da sua vida, e que se encontra hoje à guarda da Biblioteca de Arte, são contributos fundamentais para continuar a desvendar um pouco mais das suas múltiplas facetas de colecionador.


sexta-feira, janeiro 15, 2016

quinta-feira, janeiro 14, 2016

quarta-feira, janeiro 13, 2016