Os postais sempre foram, e julgo que continuarão a ser um veículo especial de comunicação para cumprir as promessas de dar notícias eternas à Família quando se viaja para mais longe de casa durante alguns dias, pois os telemóveis e as máquinas digitais encarregaram-se já de roubar todo o protagonismo ao postal cicerone. Compram-se postais nas ruas, nos Museus, nas Estações e nos Aeroportos tão iluminados quanto possível pelo poiso instantâneo do remetente, mas também se buscam alguns de borla pelos corredores da sociedade de consumo,
que se vão escrevendo à pressa enquanto se come, ou no canto de um balcão de quiosque que venda selos perto de uma caixa postal. Guardados são depois os postais, que constroiem colecções ilusionistas, e às vezes ainda sobram também uns selos que seguem o mesmo destino para a penumbra do canto de uma gaveta, ou de uma já velha caixa de sapatos.
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