A 10 de Outubro, se o estado do tempo o permitisse realizava-se em Santarém, por ocasião da Feira da Piedade, uma das mais importantes manifestações públicas da produtividade Ribatejana, uma das últimas corridas de touros da época.
As touradas ainda não foram proíbidas em Portugal por decreto da AR, como já o são em Viana do Castelo, e em Espanha na Ilha de Maiorca e na Província da Catalunha, para satisfação dos que lutam pela defesa dos direitos dos animais. A TV do Estado já foi proíbida pelos ex-amigos do Dr. Pais do Amaral de gastar mais dinheiro com as transmissões dos jogos do futebol Europeu nos próximos três anos, mas tal como ainda não se sabe se já apareceu algum outro amigo do Governo para fazer de conta que entra na corrida da sua antes-anunciada compra, também não sabemos se o ministro da economia do mesmo Governo considera as custas das transmissões dos espectáculos taurinos um investimento com dinheiros públicos importante para a melhoria do estado da economia do País. Até lá, quem não tem outra coisa para fazer, lá vai aturando o resultado das negociatas entre o comité taurino da rtp e os empresários monopolistas que dominam as praças de toiros e contratam sempre as mesmas caras, num espectáculo que só quem estiver distraído não percebe como se vem tornando cada vez mais elitista e standarizado. Já vai muito longe o tempo em que as touradas em Portugal eram bem menos agressivas para os toiros, porquanto a maioria delas eram mistas, e assim os bichos toureados a pé sofriam bem menos do que corridos com cavaleiros, em que os cabrestos pertenciam à mesma ganaderia dos animais que participavam nas corridas e as pegas de cernelha não eram um “recurso” mas uma arte emocionante praticada por forcados que partiam para a luta com os toiros ainda “limpos”, proporcionando momentos de enorme movimento e recorte estético.
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