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quinta-feira, novembro 17, 2011

Portugal como vai



O texto que se segue, acabo de o publicar no meu mural do Facebook.

A chave está sempre na vontade popular, sem a qual nem mesmo um rei consegue reinar e estar certo nas decisões que toma.

Dr Silvestre Pinheiro Ferreira, Filósofo e Pensador, conselheiro de D.João VI

Os rostos da chmada Troika, não são pessoas que tenham vindo a Portugal para ajudar a resolver os problemas do País, mas sim para controlar onde foram gastos os “recheios dos envelopes” que os Patrões deles ( Associações de membros do Sistema Financeiro Internacional) colocaram à disposição do actual Governo Português depois da assinatura de um contrato de empréstimo outorgado pela anterior Governo, e só então “autorizado” pela EU depois da aliança da Direita Liberal/Jesuíta com a Extrema Esquerda ter rejeitado o chamado PEC IV.
Estes Senhores “economistas”, que adoram protagonismo, “dão” conferencias de imprensa em que um bando de “jornalistas” engole a cassete estafada das “medidas estruturais” e promessa de oasis para 2013, e o Chefe da missão até foi à RTP dar uma entrevista com as preguntas mais básicas que era possível imaginar demonstrando aliás, mais uma vez, que os agentes da intoxicação social escrita e rádio-televisiva cumprem meros papeis de leitores de papeis com perguntas impressas e sem contra argumentação nada aportando para o esclarecimento dos menos atentos ou menos letrados. Exemplo do que acabo de escrever, é o facto perturbador de se poder inferir como corolário lógico das palavras do Chefe da Troika, quando comentou as medidas tomadas de cortes de subsídios dizendo ser isso uma correcção a um desvio de decisões anteriores erradas, que tais eliminações serão para sempre, salvaguardando até que a legalidade constitucional dessas opções compete aos tribunais avaliar, e não a ele.
O que acabamos de ficar a saber, é que a aplicação dos fundos feita pelo Governo actual parece ir produzir meios de pagamento para que Portugal possa liquidar os juros dos empréstimos, pois esse é o objectivo destes credores, já que não tinham outros clientes onde possam para já rentabilizar os seus capitais, deixando no ar a ideia de que se continuarmos a aplicar bem o “programa”, em 2013 a nossa fonte de financiamento externo (de que o País vai necessitar eternamente para financiar os consumos do Estado, das Empresas e das Famílias, e liquidar os Empréstimos Externos ) já não serão o BCE e o FMI mas os “ Mercados”.
É preciso enfatizar que no modelo económico vigente nas sociedades ditas mais desenvolvidas, vítimas das práticas consumistas que as Entidades Financeiras alimentam, e em que a poupança deixou de ser de forma sustentada viável para as classes médias, o recurso ao financiamento bancário externo para satisfazer os investimentos públicos e privados revela-se fundamental e sucessivamente renovável.
No concreto, a Troika profere as frases feitas de que a Europa e Portugal estão a perder competitividade, e que essa fragilidade só pode ser eliminada através de “reformas estruturais”( menos salários, e menos prestações sociais o que inclui todos os serviços que o Estado presta aos Cidadãos, e privatização de tudo o que seja possível), afirmando que é ao Governo que compete tomar medidas para que a economia saia da recessão.
Não está a ser difícil que os Portugueses acreditem no volume da dívida externa, mas com a intoxicação informativa vai ser impossível perceber-se que a crise embora tenha algumas raízes nos atrasos estruturais do nosso País é mesmo uma questão de modelo Europeu, o que os membros do actual Governo sempre negaram até conquistarem o poder, embora os efeitos mal chamados de dominó ( pois este é um jogo lúdico) estão a pouco e pouco a vir ao de cima como aconteceu ontem com a França já a aproximar-se perigosamente de pagar as taxas que o Governo de Sócrates teve que suportar no momento anterior ao pedido de ajuda externa. E, também não vai ser possível fazer entender à generalidade das pessoas que as causas para a situação do País estão na exploração do capital financeiro sobre todos os factores de produção, a quem pouco importa que a produção nacional cresça se isso desfavorecer a rentabilidade dos seus capitais aplicados em importações de bens e serviços.
A EU, foi um projecto odiado e invejado pelo resto do Planeta, e os seus dirigentes, a partir das miseráveis Comissões Barrosistas que não perceberam em que conjuntura estavam e estão envolvidos, só tomam iniciativas que contribuem para agravar as tensões internas e também as suas relações externas. Não sei se o futuro da Europa é uma união política, mas se o for tem que envolver todos os Europeus, num processo democrático com “referendos” a todos os pontos sensíveis, para decidir o seu futuro, embora Hitler também tenha sido eleito!

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