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sábado, novembro 26, 2011

Outras memórias


Durante o período do serviço militar obrigatório em que desempenhei, a tempo parcial, as funções de Tesoureiro do Serviço Cartográfico do Exército, tinha entre outras tarefas a obrigação de pagar mensalmente os vencimentos a cerca de uma centena de civis e militares que lá prestavam serviço. Para esse efeito, estimava antecipada e individualmente as quantidades de notas que necessitava para colocar dentro de cada um dos envelopes nominativos, e ia no eléctrico da Carris, fardado e com uma simples pasta de cabedal e sem escolta, do Largo do Príncipe Real até à Sede da CGD na Rua do Ouro levantar o dinheiro necessário, que não era pouco, para esse e todos os outros pagamentos mensais, num tempo portanto em que os assaltos ainda não eram moda!....
Como tinha também de cumprir outras missões de natureza estrictamente militar no ambito das actividades do Departamento de Fotografia e Cinema, grande parte das minhas tarefas burocráticas na Tesouraria eram asseguradas por uma colaboradora civil, uma jovem Algarvia que tratávamos por Rosarinho. Não voltei a vê-la depois de passar à disponibilidade, e só me recordei recentemente desse convívio quando encontrei um barco de pesca chamado Rosarinho, e já me assegurei de que este nome é pura coincidência.

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