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quarta-feira, novembro 16, 2011

A intimidade com as objectivas

Conheço alguns Portugueses que temporáriamente estão engajados na observação dos passáros, embora quando se referem a essa actividade denominam-na sempre como “ birdwatching”,... Ao longo da Ria Formosa é usual encontrarem-se tripés ambulantes com sistemas oculares dedicados à observação da magnífica e diversificada fauna que por ali vai passando ao longo do ano. Não é uma actividade para a qual, por enquanto, ache que tenha tempo “disponível” para dedicar, e como procuro teimar em defender o uso da minha língua, junto dos tais praticantes do “birdwatching” provocatóriamente refiro-me sempre a “watching birds”!
Ontem, encontrei um casal Inglês, ela sentada e ele em pé, que vasculhavam com os seus binóculos os horizontes que tinham na sua frente, e de vez em quando lá usavam o super óculo que também pacientemente aguardava de tripé a sua oportunidade de entrar em cena à beira da Ria.


Trocámos algumas palavras de circunstância, e ainda reconhecemos a sorte de podermos estar ali naquela hora em que concorriam uma série de factores metereológicos para proporcionar uma visão priviligeada dos horizontes que 360º à nossa volta era possível descortinar, e permitir também alguns registos de imagem com a côr especialmente favorecida pela temperatura ambiente. Por um lado, havia um sol forte que dificultava a tomada de imagens para poente, mas que apesar disso era passível de fazer inventar uns “nevoeiros de luz”,

e ao mesmo tempo havia nuvens no céu que nos brindavam com ligeiros aguaceiros que deixavam as suas marcas por sobre as pedras até ali aquecidas pelo sol e temperavam o arvoredo com uma patine luminosa mais intensa.




Não vai ser fácil escolher as fotografias do fim da tarde de ontem, que vou partilhar por aqui.


Tudo começou num longo passadiço da beira mar do Sul, espreguiçando-se sobre uma das paisagens naturais mais multicolores de que podemos fruir.

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