A primitiva olaria Pirraça, situada no Redondo, onde o Sr. Ezequiel Pirraça trabalhava com os seus dois jovens filhos, foi uma descoberta duradoura iniciada nos anos 70 para mandar fazer muitas peças de barro, algumas criadas pela Carmo Saúde, e outras reaproveitando formas da cerâmica mais corrente usada no dia a dia naquel recanto do Alentejo, para nelas “pintar a frio” e assinar anos a fio as suas criações, e como é prática corrente nos Portugueses sem ideias (e não só), e portanto incapazes de arriscar na procura da criatividade, muitas das formas e dos desenhos foram ficando “perdidos” pelo caminho, e alguns reassinados por mãos alheias, ainda hoje fazem parte de algum do imaginário dito popular daquela vila do Distrito de Évora no que diz respeito aos herdeiros da velha olaria. E para que não restem dúvidas, basta comparar imagens de algumas das criações da Pintora e criadora com as “cópias” supostamente representativas de algum contemporâneo artesanato urbano do Redondo.
Do Sr. Ezequiel, um notável oleiro há muito desparecido, fica a recordação da boca do seu forno maior e dos seus fogareiros de barro vermelho, outrora indispensáveis para a sobrevivência dos Alentejanos.
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