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terça-feira, maio 26, 2015

Mértola, Festival Islâmico


Noite de Festa

 
Bebi vinho enquanto a noite estendida
O seu manto de trevas

Até que a lua se mostrou na constelação de Géminis
Como uma rainha no apogeu da sua pompa e do seu fasto.

Estrelas brilhantes surgiram à porfia para a rodear
Com o seu o seu fulgor completar o dela.

Depois quando a Lua quis caminhar até ao Ocidente
Levantou Orion em cima de si como um doce
E as estrelas avançaram de ambos os lados como batalhões
Que erguiam as Plêiades como bandeira.

Assim sou eu na Terra entre esquadrões e mulheres formosas
Que aliam o explendor com o alto grau.

Se as lorigas dos guerreiros esparzem trevas
Os vasos de vinho das donzelas enchem-nos de claridade.

E se as escravas cantam acompanhando-se com a cítara,
As espadas dos meus donzeis não deixam por isso de cantar
Nos crâneos dos inimigos.

In Portugal na Espanha árabe de António Borges Coelho



Depois de terem decorado o poema, os festeiros deixaram os despojos da noite estendidos pelos muros, e manhã cedo as formigas faziam já repasto no açúcar das bebidas açucaradas e borbulhentas, e passe a publicidade, algum "álcool" esperava pelo sol para se evaporar.
 
 
 
 
 
 

 

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