imaginamos o edifício do conhecimento como gigantesca espiral em movimento, onde todos os contributos contam e dão corpo a energia transformadora, pois só o “unanimismo” é entorpecedor da accão. Joaquina Soares, MAEDS
Os Monumentos Megalíticos concentrados em algumas regiões de Portugal foram ao longo de milénios marcos espalhados pela paisagem, visíveis ou “invisíveis”, reconhecidos ou ignorados, mas sempre parte integrante do recorte visual das populações que habitaram esses territórios. Muitos dos megalitos, quando incompreendidos ou simplesmente fontes utilitárias de matéria prima, sofreram todas as espécies de atentados, e já não podem ser seguramente cartografáveis, e muito menos observáveis in sitú. Vila do Bispo, terá sido um polo à roda do qual foram erguidos centenas de menires, e o seu Concelho poderá oferecer aos seus visitantes uma proposta de visita a um Museu de Ar Livre, onde os Monumentos, a paisagem e o Parque Natural se conjugam para uma forma contracorrente de apreciar Arte, embora as agressões ambientais naturais que envelheceram as superfícies pétreas torna impossível descortinar as decorações, sem um guia auxiliar.
O último Inventário publicado, adquirível na Biblioteca da Câmara Municipal, descreve cerca de duas centenas e meia de menires, revelando a sua imagem e respectiva localização, informa-nos ainda que todos os decorados são fálicos, descrevendo os diferentes motivos dos seus criadores, e será o auxiliar precioso para alguns dos vários percursos pedestres propostos – rotas, roteiros e trilhos.
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