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segunda-feira, novembro 10, 2014

SIENA


Num fim de tarde, nas grandes praças, para onde se converge em busca dos últimos raios de luz, do som e das imagens inigualáveis, e por isso muito habitadas, ao escutarmos a corporalidade de um instantâneo, podemos calmamente apreciar as atitudes dessas gentes e entender as razões que (n)os levaram até ali. 








Sentir a realidade envolvente, descansar o corpo e recarregar as energias irreais, oxigenar os corpos dos velhos e dos recém nascidos, interpretar uma outra língua para compreender a obra arquitectónica circundante, alimentar o amor, o nosso amor, procurar os detalhes invisíveis das gentes e objectos que nos envolvem, apalpar e aproveitar o calor do pavimento, imitar saltos de cavalos, apreciar a generosidade da água nascente, enganar a fome e dar de comer a pardais e pombos, perceber porque a cor do cenário só muda de acordo com a nossa vontade, esperar pelo pôr do sol e pela chegada da noite e, a seguir almofadar sonhos impossíveis.




 

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