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sábado, novembro 01, 2014

A intimidade com as objectivas



Para chegar a Paestum, o mais cómodo é partir de Napoli de comboio suburbano. Napoli é o centro de um pequeno Mundo de diversidade cultural onde sobressai o Museo das “coisas” Romanas de Pompeia e Herculano, uma cinzenta confusão organizada, um trânsito caótico, um desrespeito colectivo sobre as regras de circulação urbana, um ruído quiçá inigualável noutra cidade europeia onde o instrumento principal da orquestra urbana é a buzina que toca sem intervalos, um ninho de sobreviventes acomodados à regra de quem chega primeiro tem prioridade como se os “semáforos” fossem unicolores, um sítio onde se come bem, e onde das feiras de rua e dos vendedores ambulantes nascem todos os dias toneladas de “desperdícios” que decoram as esquinas, mas que palmilhada oferece ainda alguns dos planos da cinematografia Italiana dos 60’s com os grafitti bem latinos, entrecortados por reflexos da arquitectura moderna que agora acolhe mal os característicos estendais de roupa colorida, e as chaminés dos navios espreitam-nos sobre os edifícios. 
















 

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