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quinta-feira, dezembro 22, 2011

A intimidade com o açucar


A partir deste Dezembro, quando volto da praia por Santa Luzia, passei a ter um café onde posso comer um bolinho de toda a confiança,  e ser recebido pelo sorriso da R, pois abriu um irmão do Arcada de Tavira.

Situado na frente da Vila, a Ria está ali mesmo à frente, com as pequenas embarcações a servirem, como hoje, de poleiro à convivência entre as gaivotas e as andorinhas do mar.


Quando o destino me proporcionou entregar a minha goludisse diária às montras do Arcada, satisfazendo a minha acuçar dependência, descobri que devia ao Sr. L a gratidão por ter sido o responsável pelas bem nutridas caixas de morgados que a minha Prima R sempre me levava quando ia a Lisboa,

e também vim a descobrir um barco de pesca com cobertura de acúcar e sabor a gila, amendoa, e fios de ovos!...





Do convívio com o Sr. L e os seus bolos resultou, entre outros conhecimentos e cumplicidades, o cultivo dos pastéis de nata a seguir ao almoço sempre acabados de fazer, dos folhados com gila ou dos fofos. Sou capaz de fazer alguns disparates para conseguir alcançar uma guloseima, até porque tenho tantas vezes a convicção de que são os bolos que se riem para mim nas vitrinas da doçaria, mas não sei até que ponto me levantaria de madrugada para vir de Mértola até Tavira, e ficar à espera na rua que o Arcada abrisse para poder comprar bolos fresquinhos, como fazia o Sr. António Champalimaud, conforme me contou o Sr. L.

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