No Museu Ariana, o Museu Suiço da Cerâmica e do Vidro, não é possível centrar a exposição num imaginário edifício assexuado, pois o Palácio onde ela se desenvolve é a primeira das confrontações visuais de quem dele se aproxima. A nossa visita, decorreu de “imposição” das nossas Filhas, e tinha como principal objectivo apreciar uma mostra temporária sobre cerâmica Islâmica correspondente a um acervo impossível de reencontrar em qualquer parte do Mundo.
O Musée Ariana foi construido numa zona ocupada, a partir do século XVII, por grandes construções levadas a cabo pela burguesia e, onde, actualmente se encontram as organizações internacionais, que surgiram durante o primeiro quartel do século XX. No momento da sua construção, entre 1877 e 1887, era o segundo edifício museográfico de Genebra. A ambivalência entre a sua função enquanto serviço público e a sua arquitectura própria de um palácio privado é única na Suiça dessa época. O edifício é uma obra filantrópica do generoso mecenas Gustave Revilliod (1817- 1890), rico erudito, que doou os seus bens à Cidade de Genebra, destacando-se, de imediato, no conjunto arquitectónico local pelo seu carácter eclético e monumental com referências néo-clássicas e neo-barrocas. Godefroy Sidler, fiel administrador de Revilliod que depois da sua morte ocupou o cargo de director do museu, foi quem sugeriu a escola do arquitecto Emile Grobéty para a sua edificação. Tendo estudado no atelier de Bernard-Adolphe Reverdin, arquitecto de grande reputação, a sua obra continua, ainda hoje em dia, a ser pouco conhecida. Por outro lado, Grobéty, ainda jovem e sem experiência, possuía o carácter flexível necessário para executar os projectos de Revilliod e Sidler. Depois de ter viajado pela Itália, durante algum tempo, Grobéty concebeu os desenhos e projectos, tendo-se então iniciado os trabalhos de construção. O orçamento para as obras foi largamente ultrapassado, originando grandes atrasos na sua prossecução, pelo que Grobéty terá tido sérias dificuldades em levar até ao fim um projecto de tal envergadura, Revilliod viu-se obrigado a pedir a Jacques-Elysée Goss (1839-1921), que terminasse a obra, famoso arquitecto e autor do Grand-Théâtre (1875-1879) e do Hôtel National (1875-1876, actualmente chamado Palácio Wilson). O edifício, de composição simétrica, está dividido em duas alas dispostas de ambos os lados do corpo central de forma ovaloide. Cada ala está, por sua vez, dividida em três galerias longitudinais subdivididas em salas de exposião. Uma colunata de mámores polícromos, nos dois níveis, reforça a forma oval do grande vestíbulo central, para o qual se tinha projectado uma escadaria monumental de estilo barroco da qual apenas se construiu o lanço inferior. A tipologia do Musée Ariana denota uma nítida influência da arquitectura palatina italiana, todavia, a sua cúpula oblonga, símbolo da abóbada celeste, inspirada pela arquitectura religiosa, recorda-nos as igrejas romanas de Sant'Andrea ai Quirinale.
Les collections du Musée Ariana liées à la zone d’influence de l’islam sont riches de plus de sept cents pieces, datant du IX au XIX siècle, produites dans large aire géografiqu e allant de la Transoxiane à l’Espagne, en passant par l’Iran, la Syrie, la Turquie et l’Egypte.
L’ensemble de cette collection, montrèe pour la première fois dans son intégralité permet de retrace de manière coherent l’histoire complexe de la céramique islamique, em metteant l’accent sur les innovations technologiques majeurs que sonta la faience, la pate siliceuse ou le decor au lustre métalique. La diversité et l’opulance des ornements géométriques, eoigraphiques, végétaux ou figuratifs se déploient sue les formes d’usage ou des carreaux de revétemente architectural. Cette abondance iconographie fait appel à une palette lumineuse, dans laquele dominent le bleu et le turquoise. Le monde islamique, situé a mi-chemin entre l’Extrême-Orient et l’Europe, a été soumis à de multiples influences; il a également stimulé et fasciné durablement l’ Occident.
Outres les chefs-d’oeuvre et les pieces phares, l’exposition se propose de mettre en avant des specimens plus courants, des attributions, des copies, des fragments et des restaurations abusives, afin de dresser un panorama diversifié de la collection.
À travers un programme d’activités fourni et grace à fructueses collaborations – parmi lesquelles celle avec l’atelier des femmes de la prision de Champ-Dollon – le Musée Ariana ambitionne d’inscrire cette exposition dans un context tant historique qu’actuel.
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