O Jardim Botânico de Lisboa, está inserido num conjunto edificado de várias épocas, e consequentemente com várias arquitecturas, onde onde sobressaiem as figuras proeminentes do edifício Pombalino, e do Observatório Astronómico, e dispersos a eito alguns edifiícios e pavilhões que tiveram de ali nascer para dar suporte às suas progressivas, mas agora regressivas, actividades.
Do meu “Tempo” de estudante até hoje, muito, mas mesmo muito mudou.
Hoje,
Já não há estudantes e professores Universitários de botânica, reluzentes nas suas batas brancas usando o jardim para as suas aulas práticas.
Já também não fervilha a permanente actividade Universitária e Científica em redor do Observatório Astronómico.
Já não há lisboetas a atravessar o jardim, encurtando o trajecto entre a Rua da Escola Politécnica e a Praça da Alegria, pois o portão Sul fechou.
Já não há militares do Serviço Cartográfico do Exército, a exercitarem máquinas fotográficas e de filmar, nem magalas atrás das sopeiras.
Já não há vendedeiras ambulantes, sempre atentas ao alcance da polícia, a vender bolinhos secos, barquilhos e chupa chupas.
Já não há jardineiros sisudos vestidos de uniforme em sarja e de boné, que para além da actividade jardineira também vigiavam os três portões e os namorados que usavam o ambiente romântico do jardim, que se tinham de comportar dentro dos parâmetros estabelecidos pelo “regime” para uso dos espaços públicos, senão logo era chamado o polícia de giro que também “cuidava” dos “bons costumes” naquele vasto espaço.
Já não se ouve a música da água a correr pelas levadas, e o grande lago está seco!
Mas, em compensação,
Há só uma porta para entrada e saída dos visitantes.
Há carreirinhas de crianças das cresches a apanharem folhas e bagas para cestinhos que levam nas mãos.
Há ainda a funcionar, o pequeno observatório de metereorologia, cujas leituras alimentam os boletins da Cidade.
Há um polo Museológico centrado no antigo edifício principal da Faculdade, que já mostrei, e pode ser recordado através da etiqueta FCL.
Há visitantes adultos, mas são todos turistas estrangeiros.
Há “jardineiras” e “jardineiros”, que falam quase todos versões da língua Portuguesa com sotaque, e andam vestidos de igual com farfalhudas camisolas verdes a condizer com o ambiente do jardim.
Há esculturas modernas dispersas, mas bem integradas no ambiente do jardim.
Há um pavilhão com Borboletas, que fecha durante o período invernal de hibernação.
Há uma sala de teatro, no pavilhão onde funcionou a Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa.
Há um Quiosque Lisboeta, e um antigo marco de correio.
Há uma Loja de Museu no Edifício Principal, e logo, máquinas que disponibilizam sumos e cafés.
Há ainda, na Rua da Escola, os dois cafés centenários, a Alsaciana e a Cister, que substituram os longínquos estudantes ocupa mesas, por reformadas e reformados que para ali vão ler o jornal, ou dar dois dedos de conversa.
Há a vida e a cultura que Lisboa oferecem, e que os Portugueses não deviam desmerecer.
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