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sábado, fevereiro 25, 2012

25 de Fevereiro dia de Festa




Num plano semi inaginário, o espelho da ponte transcende-se, e todo o explendor do “cinquecento” , espalha-se pelo céu dos sonhos tornados Presente.



 Minha Aldeia
Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mumdo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia

com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.

Valências de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.


António Gedeão, in Teatro do Mundo, 1958

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