E

quarta-feira, janeiro 11, 2012

 
“When you believe something is impossible, your mind goes to work for you to prove why. But when you believe, really believe, something can be done, your mind goes to work for you and helps you find the ways to do it” David J. Schwartz, The Magic of Thinking Big!

Devo aos meus Pais, à minha Prima R, a minha Mulher e a Mim, ter podido estar na praia numa manhã de final de outono, e registar em imagens parte desse pedaço de tempo, marcado na areia num improvisado “relógio de sol”.




 
Não “fui apanhar” conquilhas, pois na véspera percebi que escasseiam, isto dadas as brutais quantidades que todos os dias pescadores autorizados e clandestinos retiram das areias, e que se vendem agora porta a porta por causa da crise do emprego.

Tentei pois, apenas, procurar ensaiar imagens da recolha à beira do mar de conquilhas com a ajuda dos meus pés, mas elas teimavam em se esconder atrás das minhocas do mar.


Mas, não era mesmo o dia adequado para convidar alguém para uma aventura com a apanha das conquilhas muito menos uma das minhas netas, pois o Avô passaria ou por mágico ou por charlatão pois quando aparece em casa com uma garrafa cheia diz que as apanhou sozinho e nesta ocasião mal encheu o fundo de uma das suas garrafas azuis.



Tenho aliás outras experiências de convites que não corresponderam aos meus melhores desejos, como aconteceu vão muitos, muitos anos quando prometi levar o meu melhor Amigo e a sua Família a um encontro com um fascinante “sítio” arqueológico onde era possível “ler” a história de uma ocupação do neolítico final através dos sinais que ficavam ao de cima dos torrões após as encharruadas de outono, e mesmo também logo a seguir às sementeiras.



O acesso àquele local era então bem difícil, e chegados lá encontrámos a folha agrícola acabada de lavrar, completamente monocromática e onde só os meus “olhos” conseguiam descortinar as “palavras” que julgava iam poder estar ao alcance de serem lidas pelos meus Amigos.


Apenas disponho de algumas imagens daquele sítio em outras já longínquas ocasiões, e que aproveito para ilustrar esta lembrança.


As imagens finais não pretendem contar a história das garrafas de uma certa água mineral, até porque não nutro nenhum afecto pelo Clube de futebol, e pelo Mouro do seu treinador, que se servem da imagem dela para ganhar dinheiro com isso.





 

Mas é uma pequena história de um dia do destino mais nobre que está reservado para muitas das garrafas vazias da água que tenho à minha cabeceira, e que foi escolhida por ser a que mais se aproxima do sabor da água do Vimeiro que era aquela que se bebia em casa dos meus Avós e dos meus Pais, e a que me habituei agora com redobrado prazer.




De facto, quando a altura da maré vazia desce abaixo do metro e existem mesmo probabilidades de se poderem apanhar conquilhas na beira do mar, levo nessas ocasiões na mochila verde que sempre me acompanha até à praia duas garrafas destas, uma para trazer os bivalves que recolho, e outra para trazer a água do mar. Nada melhor também, do que um ponteiro tão sugestivo para construir um relógio de sol que me vai alertando para o seu percurso numa manhã de outono meio temperado, em que até apeteceu tomar banho, com as temperaturas da água e do ar invejosas uma da outra por se sentirem as duas nos 19º.

Sem comentários:

Enviar um comentário