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segunda-feira, maio 16, 2011

Nacional Liberalismo = Nacional Socialismo ?


Há dois “Senhores de Belém” Amigos de longas conspirações, que olhando para os umbigos dos jardins do Palácio, aproveitaram o 25 de Abril para prégarem uma forma diferente de fazer política, sem coragem ainda para soprar as virtudes de uma quarentena democrática, e um, como não “viveu” na Europa e o outro não a desejava, são incapazes de perceber que é lá que está a Sede de todos os amanhãs, venham eles a ser ou não dias de progresso em Democracia. Ao lado daqueles dois, um velho lutador de cravo ao peito, ainda teimou em acreditar numa Federação Europeia de Estados, enquanto outro companheiro da mesma luta, apontou sem ambiguidades os escolhos que estão a impedir a concretização dessa Epopeia. De um dos “Senhores” não se voltou a ouvir falar, o outro continua a conspirar públicamente contra a Democracia, desrespeitando a isenção que a nova investidura lhe exigia. Mas, os amanhãs são cada vez mais insondáveis numa comunidade sem estratégia solidária na procura de um novo paradigma económico/social, que alberga no seu seio milhões de Europeus pobres de longa duração e milhões de recentes desempregados em vias de engrossarem a fila da pobreza, enquanto as desigualdades sociais se acentuam cada vez mais. Enquanto isto, o poder político Italiano e o Vaticano fizeram recentemente uma joint venture, em Português corrente uma vaquinha, para propor a umas centenas de ciganos Romenos que viviam numa agregado urbano dos arredores de Roma que aceitassem 500€ +500€ para serem repatriados e, como eles não aceitaram, foram expulsos pela Guarda Suiça de uma Catedral pertencente ao Vaticano onde julgavam encontrar protecção divina. Na Europa das liberdades e das soberanias em retrocesso, os Amigos externos de anteontem são agora eleitos como novos infieis, e são bombardeados perante a satisfação e aplauso dos mais ricos sheiks multimilionários das árabias mais ricas em recuros naturais. Tal como aconteceu na guerra do Iraque, imensas cidades e aldeias que até agora conseguiam ter vida própria, estão agora irremediávelmente descaracterizadas e inabitáveis, e jamais terão o futuro que o modelo democrático que os “Aliados” dizem querer-lhes oferecer, pois o que está em causa é a pirataria moderna dos recursos naturais mais valiosos. Enquanto esta desestruturação prossegue, os cidadãos da Europa do Sul, embora os seus Estados façam parte da NATO, não têm acesso a aviões não tripulados para poderem bombardear, de forma micro cirúrgica, os terroristas das Agências de Rating que todos os dias lhes roubam uma parte da riqueza que produzem. Cá estaremos para ver o resultado da bondosa via legal de denuncia das atrocidades humanitárias praticadas por essas Agências ditas de Rating. Na Europa de que fazemos parte, a ausência de uma verdadeira Aliança fraterna a favôr dos mais pobres e periféricos, e a falência das receitas para fazer face à crise económica internacional, estão a gerar ideologias “novas”, mas ainda não quero acreditar que esta geração de ditos europeus que decidem os rumos do poder e se proclamam como “Aliados”, é no século XXI o sucedâneo do Nacional Socialismo, e que os Povos que participaram na segunda Guerra Mundial do lado da Democracia, e que ainda colocam corôas de flores em homenagem aos mortos da guerra, perderam essa memória, e aceitam subjugar-se a uma ocupação feita por tropas monetaristas que disparando tiros de taxas de juro, vão avançando e desenhando silenciosamente um novo mapa de fronteiras, embora reconheça que não há terrenos férteis nos Países que, ou foram aliados da Alemanha Nazi ou foram pseudo neutrais, para impedir com perseverança essas invasões ideológicas e materiais.

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