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sábado, fevereiro 09, 2013

A intimidade com as objectivas


Hoje em dia, o mais simples dos dispositivos para recolha de imagens, mesmo os descartáveis, já incorporam um “fazedor” de luz artificial, que compensa a velocidade das exposições, mas desde que temos memória não só não foi sempre assim, como é estimulante fazer lembrar os sucessivos inventos que ajudaram a ultrapassar as baixas sensibilidades das primeiras emulsões em suportes de vidro e mais tarde em película. Este “projector” de luz tão branca quanto o magnésio incandescente era capaz de gerar, portátil e manual, é um importado primo muito afastado, das peças de fogo colorido que se lançavam das janelas nas noites dos santos populares, e revela também quanto a clareza de uma imagem acompanhada do saber da linguagem simples contrastam com o modernismo das instruções no interior, ”traduzidas” em milhentas línguas, escritas por olhos em bico que por vezes parecem mesmo desconhecer a utilidade dos produtos e os desafios que se colocam aos utilizadores.
  

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