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domingo, janeiro 24, 2016

Lisboa, e a oferta cultural, O Círculo Delaunay







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Até 23 fev




As escolhas dos curadores
Os curadores das exposições que a Fundação Calouste Gulbenkian atualmente exibe destacam algumas obras, explicando de modo breve as razões da sua escolha.



A escolha de Ana Vasconcelos
Na pintura mural que executa para a Exposição Internacional de Paris em 1937, Sónia Delaunay revive as memórias do período que passou no Norte de Portugal, a que chamou 'as férias grandes, um tempo de encantamento com a luz, as cores, as roupas, o ritmo e o modo de vida no Minho. Para esta composição, cujo original media cerca de seis metros de altura, Sónia utilizou pos¬tais de época que reuniam vistas da ponte de D. Luís e do cais da Ribeira com lojas e carros de bois (Porto), e a saída de uma procissão em Ibiza, interessando-lhe transmitir ao cosmopolita público da grande exposição parisiense o exotismo e a riqueza cromática e lumínica dessa inesquecível viagem realizada durante a I Guerra Mundial.




Esta foi uma das cinco telas que Amadeo de Souza-Cardoso enviou pelo correio para Vigo, a Robert Delaunay, no dia 12 de maio de 1916. Destinavam-se a ser expostas em Rarcelona, numa exposição conjunta com obras de Robert e Sónia Delaunay, exposição que não se realizaria. A partir de 19 de junho seguinte, Amadeo pede insistentemente por carta aos Delaunay, a devolução destas obras. As cinco pequenas pinturas constituem um interessante mostruário da pintura que Amadeo desejava apresentar internacionalmente. Em duas delas vê-se este braço articulado de carácter robótico, que surge destacado nesta composição e que se torna um importante elemento iconográfico da obra de Amadeo em 1915-1916.


 

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