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sábado, janeiro 02, 2016

Dia 2 de Janeiro, dia de Festas

Dia de Festa, a dobrar, um Dia de Grande Festa!
As Famílias, são o resultado da germinação de muitas sementes, muito regadas e adubadas, e quando os seus frutos se desenvolvem, sabem bem conciliar toda a dificuldade com o resultado, a memória com o presente.
A Família em 1998, e o resultado 17 anos depois
 
 
 
 
 
 

Neste dia de grande Festa para nós, apetece-me fazer de Oráculo.
Diz-me com o que vives, dir-te-ei como és.
Os recheios dos ateliers dos artistas, são um pouco como os das casas das famílias remediadas, palcos da sua actividade, demonstrando em primeira mão como se (des)constrói a imaginação criadora. Afinal, todos nos rodeamos do que podemos e do que gostamos. Mas, David Douglas Duncan, um fotógrafo Norte Americano, que depois de visitar a casa de Picasso em Cannes, descreveu-a como o espaço mais feliz da terra, qualificou-a ainda como “também o atelier de um artista”.
No mural de introdução à exposição do Pintor Julião Sarmento actualmente visitável no Museu da Electricidade, pode ler-se :
“ Um artista que é um coleccionador é relativamente comum.
O que não é comum é um artista, no início do seu percurso, ter feito um carimbo, com o qual assinava os seus trabalhos que tinha a inscrição « Julião Sarmento coleccionador».
A formula poderia ser « Julião Sarmento recolector».
Recolector, à época, de quê? De imagens de todas as proveniências: de outros artistas, de histórias do cinema, da literatura, de jornais, de publicações”

Os artistas, são pessoas normais, que quando podem conservam diversas lembranças materiais, as mais importantes de muitas das circunstâncias que marcam as suas vivências, que se vão refletindo no seu percurso artístico, e que em alguns casos constituíram-se como referênciais na sua formação cívica e intelectual, desde um recorte de um jornal, à carta de um@ Amig@. Volto a publicar a este propósito uma imagem do Museu Picasso em Paris, que vale pelo que aquele curto espólio pode explicar da vida e da relação do Pintor com o Mundo.




Nas Casa Museu, embora sendo casos isolados, a interpretação dos sentimentos e da obra do seu dono está ainda evidente, mas sendo preparadas para ser “intrusadas”, não surpreendem tanto como as imagens reais que pontuam a vida convivendo com as obras.
O verso do bilhete para entrada no Museu da Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva, a imagem a seguir transcrita, mostra-nos parte do ambiente da casa do casal destes dois Pintores geniais, onde se consegue descortinar um conjunto de pequenos objectos que podem caracterizar a qualidade “recolectora” de ambos, em que se destaca o “Galo de Barcelos”, quem sabe se  como um “fóssil director”.






Na sala de entrada deste Museu, está uma mostra da Pintora Teresa Magalhães intitulada “no atelier”, constituída por “ 27 obras de técnica mista que dizem recriar o atelier da artista e transmitem aos visitantes um percurso de leitura do atelier, espaço privado de criação”. Cada obra, pode resumir-se numa colagem de uma fotografia de um recanto do atelier da artista, impressa em tela depois recortada, tendo como fundo largas pinceladas de cores diversas ao gosto da criadora e numa presumível concomitante relação. 
 
 
 
 

Impressa a imagem de uma prateleira do meu escritório, e preparada para ser "colada numa tela", a minha opção é legendá-la, como nesta placa colocada na varanda do Museu do Teatro Romano de Lisboa, que se descodifica na compreensão de um horizonte desconhecido!

 









 
 
 
 
 
 

 

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