Se cada região se diferencia de outras próximas, pela orografia, ou por uma “cultura” dos ascendentes de que se julga iluminadamente proprietária, ou ainda pelos seus actuais costumes, quem a visita por um instante, esforça-se, aliás sem o conseguir, por perceber como os seus habitantes se satisfazem nas coisas mais simples e consideradas “básicas” do dia a dia, acaba por descobrir alguns ícones que por se terem tornado num vício, ou numa visão mais moderada, em objectos de culto, e logo depois procurar e provar mesmo algum desses hábitos locais. Por conselho de um Italiano para quem a minha Filha V trabalha, que nos sugeriu ser imprescindível não deixar de procurar o café Scaturchio para comer uma sfogliatella, lá fomos andando pelas ruas estreitas do centro histórico até à Piazza San Domenico Mggiore, mas o encontro não correspondeu à nossa expectativa, pois teríamos que comer o bolinho em pé ao balcão, e por isso uma centena de metros à frente num minúsculo e simpático café saboreàmos uma preciosidade de massa ultra folhada estaladiça com recheio adocicado à base de ricotta, bem sentados numa das duas mesas do seu interior, enquanto na rua caíam alguns pingos de chuva.
Agora, sabemos que a sfogliatella foi criada no Sec. XVII, no Mostero di Santa Rosa em Conca dei Marini que pertence à província de Salerno, o que a aproxima mais de Pompei do que de Napoli, e talvez por isso a melhor propaganda que encontràmos releva o fabrico na pasticceria di Vivo, no filme seguinte.
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