A obra de Amadeo Sousa Cardozo, foi, é e será sempre uma paixão, e muitas das suas imagens estão ainda gravadas e sobresalientes com algum pequeno esforço de memória. As incidências dos já longínquos almoços no self-service do CAM na solidificação dessas memórias, foram decisivos para fazer crescer esta paixão, e para incitar a reserva de um limitado período de vida (1987/1989) para tentar teimosamente uma auto-provocação que abrisse uma vereda para deixar às minhas Netas e aos meus Netos um legado com muitos riscos. A paixão, solidifica registos sensoriais de obras alheias, e embora de forma inconsciente, na verdade afasta-nos de alguma total liberdade criativa, e por isso as condições para abrir as frestas onde se risca diferente, foram efémeras e de resultados que não sabemos avaliar sobre a apreciação dos olhares alheios, e a herança que deixamos, tão pequena ou tão grande conforme os apreciadores a vierem a avaliar, vai-se desfolhando, e até se cruza agora com a maior exposição da obra de Amadeo. Por agora fica uma versão do texto do catálogo, e a outra na nossa língua ficará para logo que revisite a Mostra e leve comigo a máquina da Lente Verde.
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