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domingo, abril 28, 2013

Dialogar com a arte num Atelier, e desconversar com um Palácio




Ninguém pode ignorar que estamos a ser invadidos por uma massa fria de “veículos” que condiciona a liberdade de acção dos povos do Sul da Europa e que é formada na Europa do Norte, em particular na Alemanha. Alemanha que, depois de ter reconcentrado em si a riqueza perdida com o esforço de guerra através, dos fundos alheios disponibilizados pelo Plano Marshall, dos vários perdões da sua dívida soberana, das dívidas que não pagou decorrentes dos saques feitos durante a II Guerra, e finalmente da recente transferência de poder e riqueza económicos resultante da implementação do Euro, não se contenta com o seu bem estar, mas quer satisfazer-se também com o sofrimento de muitos milhões de Europeus. Para Portugal, tão grave como o condicionamento económico imposto pelo Norte da Europa, é até a sugestão desses constrangimentos quererem englobar também o pensamento através dos seus verdadeiros “representantes” no seio do Governo Português. Apesar de tudo isto, muitos dos nossos Poderes Locais, resistem e resgatam muitas populações de dificuldades dramáticas, e ao mesmo tempo prosseguem no fortalecimento das potencialidades do País e dos Portugueses contrariando a vertigem neoliberal suportada pela aliança no governo entre os liberais e os jesuítas, que mascaram a realidade da incultura vigente, pois ao mesmo tempo que liquidam por exemplo a Fundação de Paula Rego, um Pintora de cotação Mundial e uma notável desenhadora, tentam-se promover apanhando à pressa um comboio que transpôs de Versailles para o Palácio da Ajuda um amontoado de “coisas” de duvidosa qualidade artística, cuja autoria criativa é atribuída a uma "organizadora de eventos" que não só não sabe sequer fazer um desenho, como a “obra” exposta resulta de produções por equipas de qualificados artífices, e até do aproveitamento de macro-objectos criados pelo notável Bordalo Pinheiro. Mas, para nosso bem, ao mesmo tempo que um Palácio Nacional situado na Capital do Reino acolhe, em minha livre opinião umas “palhaçadas”, com a única excepção no sapato feito com panelas, a Cidade de Lisboa respira Cultura, e inaugura mais um pequeno Museu de encantar, não só para os seus habitantes mas para os quem vêm conhecer a cidade e os seus bairros mais típicos.


 






 
Luz e sombras sobre o Atelier Museu Júlio Pomar

 



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