Lisboa, minha Cidade,
Hoje, marquei encontro contigo
no Largo da Estação,
Hoje, marquei encontro contigo
no Largo da Estação,
onde a calçada sustentava as patas dos pombos
que roubavam migalhas às turistas,
onde havia caracois rebolando dentro de redes,
onde há Taças em pedestrais, espalhadas pelos jardins
mas que os verdes não souberam conquistar,
onde há galos póstumos de todas as côres,
e chinesices para todos os gostos,
onde revivi uma porta agora bem aberta,
que tinha dado um 31, se o Ditador em exercício,
não tivesse aceite sair dali para o exílio,
sem um terramoto igual ao que,
mesmo ao lado,
levou o tecto da grande nave.