O TEMPO, AINDA E SEMPRE, O TEMPO
O tempo, corre e foge, aconchegante esconde-se atrás da chuva que cai.
O tempo é a escola de aprendizagem do nada, da ausência da voz.
O tempo, não é uma prisão, o tempo não é um nome, o tempo é um impasse.
O tempo corrido, não decorrido, ajusta-se à sabedoria do viver.
O tempo é um embaraço, um cansaço; o tempo é também o sorriso do detalhe.
O tempo é um elástico, mas sem aviso de como se utilizar prolongadamente.
Apesar de ainda não se saber o peso da velocidade do tempo, sinto que é bom morder-lhe os lábios; é como destapar a ilusão da falta tempo, pois o tempo acaba sempre por voltar, e satisfazer a fome das pessoas desenganadas.
Tavira, Inverno de 2014
Seja de que lado olhemos para o Tempo, acabamos sempre por ter que aceitar que o tempo medido pelos anos vai desenhando as nossas feições, e se no espelho as rugas são fugazes, as imagens recordam a realidade do destino da vida, e as quatro seguintes são as que tinha disponíveis para figurarem neste dia, desnudando o “evoluir” de alguns dos protagonistas.
1974
1974
1994
2012
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