A escultura de Almada ( José Almada Negreiros ) implantada na borda do Tejo, serve para uma narração geográfica do relativismo entre a Capital e a Cidade companheira à beira da margem oposta, aproximando as distâncias que o nosso “fa(r)do” carrega. ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Almada_Negreiros )
Um dia
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner
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