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domingo, agosto 18, 2019

Palmyra um exemplo de sacrifício da Humanidade



A alquimia das civilizações, juntou no Museu Egípcio de Torino a capacidade de mostrar a sua colecção de realidades perdidas no tempo ao mesmo tempo que se homenageia e chora a perda dos monumentos de Palmira que suportaram as agruras dos milénios e foram recentemente atingidos pela voracidade ideológica de um punhado de assassinos. 


Se as imagens que comparam o antes recente e o que ficou após os actos de vandalismo são só por si chocantes, a imagem mais forte e dramática com que me confrontei até hoje é esta:






O estado do quarto daquele que foi o arqueólogo de Palmira Khaled Assad, e edificador do seu importante Museu hoje desaparecido, após mais um bombardeamento, constitui um elemento fundamental para reflexão sobre a grandeza e a insignificância humanas.

Ainda em estado de choque pelo estupro do seu território mais reservado, os pensamentos de Khaled vagueariam decerto sobre o sentido das suas causas de vida, e procuraria compreender em que tipo animal o Homem se mantém, servo das ideologias radicais herdeiras de outras mais distantes que na sequência das conquistas territoriais para alargamento da “fé” sempre procuravam erradicar a presença dos monumentos construídos pelos derrotados.






O certo é que passado alguns dias após um repórter de guerra ter feito esta imagem tão dramática, os terroristas ainda tiveram tempo para o assassinarem, como se isso pudesse ter algum efeito redentor da ideologia do terrorismo.

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