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terça-feira, janeiro 12, 2016

Lisboa, convento de São Pedro de Alcântara




A fundação do Convento de São Pedro de Alcântara deve-se à iniciativa do 1º Marquês de Marialva e 3º Conde de Cantanhede que, em 1665, na véspera da Batalha de Montes Claros (Guerra da Restauração), fez um voto de erigir em Lisboa um convento dedicado a São Pedro de Alcântara, se os portugueses vencessem esta batalha. Em janeiro de 1670, foi dada autorização régia para a instalação no local dos franciscanos capuchos, da província da Arrábida.
D. Veríssimo de Lencastre (1615-1692), Cardeal e Inquisidor-mor do reino, apoiou a fundação do edifício com doações, tendo manifestado vontade de ficar sepultado, em campa rasa, neste convento. O seu irmão e sobrinho decidiram construir, em sua memória, uma sumptuosa capela em mármores embutidos, ao gosto italiano, a Capela dos Lencastres, considerada a jóia deste monumento.
 
 

A escadaria exterior conduz-nos ao átrio da igreja, onde seis painéis em azulejo setecentistas ilustram a caridade franciscana.



 
 
 
 




Na igreja, construída em 1681, sobressaem os altares em talha dourada com iconografia franciscana, pinturas da época joanina, nomeadamente A Coroação da Virgem, de Pierre Antoine Quillard e A Pregação de São João Batista, de Pedro Alexandrino de Carvalho, bem como o teto pintado em trompe l’oeil pelo pintor francês Pierre Bordes, em 1878. As paredes da nave apresentam painéis de azulejaria barroca com cenas da biografia de São Pedro de Alcântara - série única em Portugal alusiva à vida deste santo.









No altar-mor sobressai a pintura O Extâse de São Pedro de Alcântara, do séc. XVII, atribuída ao pintor Bento Coelho da Silveira. Na capela-mor podemos apreciar, ainda, os silhares de azulejos setecentistas com cenas da vida mística do santo.
O Convento de São Pedro de Alcântara foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por decreto de D. Pedro, Duque de Bragança, ex-imperador do Brasil, a 31 de dezembro de 1833.

 







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Encerrado
1 de janeiro, domingo de Páscoa, 1 de maio e 25 de dezembro, exceto para celebrações de culto.

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