ANO NOVO. Os anos de calendário vão passando por nós, cada vez mais depressa, e para os dias que se seguem, cada um formula desejos e faz planos, mas também é ocasião de arranjar espaço numa folha do tempo e olhar para trás, rodear algumas lembranças, e sentir que hoje continua a despontar o nosso futuro.
E olhando para trás, posso recordar velhas imagens dos três pontos do planeta, cheios de “torrões”, onde vivi mais tempo junto à terra ou com o calçado ou com as joelheiras das calças a separar-nos, com quem mais partilhei os meus segredos e deles ouvi contar tantas histórias, tantas mesmo que de algumas ainda não lhes encontrei o fim, mas acima de tudo, são partes das belíssimas paisagens do Alentejo dos grandes horizontes, e que não foram escolhidos ao acaso para terem sido habitados já lá vão pelo menos cinco milénios.
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