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terça-feira, junho 23, 2015

Solstício "megalítico dos Almendres"




Quando um “outsider” do culto dos solstícios aceitou um convite para participar num acontecimento cujos detalhes desconhecia, partiu noite cerrada ao encontro de vários desconhecidos. Logo, em primeiro destaque o próprio lugar, que tal como num teatro em que a cortina se vai abrindo muito muito devagar até apenas se adivinharem os contornos, depois a interrogação sobre quem era aquela gente que decidiu encontrar-se naquele minúsculo ponto do Universo para ser tocada pelos primeiros raios de sol e que também serão naquela hora os mais fortes do ano porque a sua fonte irradiante está no ponto mais próximo do Planeta e, por fim, como nos iríamos integrar nos rituais que dariam razão à fuga das rotinas mundanas para entrarmos num território, que embora já não esteja igual ao dos seus criadores, ainda traça evidentes rasgos de mistérios sobre a acumulação de energias que o conservaram como local de peregrinação mais ou menos simbólica ao longo de milénios.
Não encontrámos todas as respostas que segurassem o cimento de um relato coerente sobre os cerca de sessenta minutos que passámos no cromeleque, e como também a “cerimónia” de um baptismo solsticial, não se fotografa, como também não se fotografa o nascer do sol, já que só se registam breves momentos da evolução que o astro sofre na relação com o nosso olhar, e existem constrangimentos fortes no registo fiel das imagens devido às condições de temperatura de cor na madrugada, talvez que numa outra anuidade se aceite sem o pestanejar da curta noite mal dormida tomar a iniciativa de nos preparamos para uma integração mais profunda do que,
no momento final, apenas participar de um amplo círculo humano fechado pelas mãos de todos os presentes disponíveis para nele entrar de “coração aberto”.





Voltámos com uma sensação de dívida imaterial para com os construtores do cromeleque, que mantém conservados cerca de uma dezena de monólitos decorados, e se essa observação só é possível "guiada", e em certas condições de incidência da luz, a “magia deste solstício” tornou-me possível perceber, já em casa, na análise das imagens recolhidas os círculos incisos no "menir 64".



Reforço o sentimento já mais profundo, cerca de um ano atrás,
http://alenteverde.blogspot.pt/search/label/%C3%89vora
 
 

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