Os meus dedos são como um elevador sensorial, que transporta as instruções para produzir o que se me dá na real gana mental, e leva até às mais variadas superfícies os resultados da incapacidade de resistir ao aproveitamento da fontes de inspiração que se movimentam por entre os neurónios estimulados pela luz ou pela sua ausência.
Com as pontas dos dedos, acabo de premir uns quadradinhos pretos decorados com “caracteres” brancos, que uns minúsculos sensores escondidos entre placas gráficas verdes transformam em conversa entendível por quem tem paciência para me aturar. Claro que todos já sabem, como foi esta vida antes do nascimento destes livros virtuais, com a folha de papel, o lápis, a caneta, ou um estilete sempre como actores principais no registo póstumo das emoções acabadas de morrer, porque assassinadas pelas cascatas de estímulos que nos afligem a racionalidade.
Perceber a origem da escrita é tarefa fácilmente recusável, ela existe, é escrava do nosso conforto, e ainda por cima é muito difícil escavar nos estratos do conhecimento onde se guarda o segredo dos primeiros abecedários do Sudoeste. Seja como for, a legenda escrita com letras e números, é hoje uma peça fundamental para a circulação pelos cantos de qualquer lugar, e mesmo nos lugares onde as antigas tradições conservam as memórias dos mortos, lá está sempre uma tabuleta identitária do estatuto de cada um deles.
Na maioria das escolas básicas, aprende-se a escrita, ouve-se falar de que as primeiras manifestações de caracteres ligados por alguma regra lógica que permitisse a sua compreensão por outras pessoas, terão nascido lá para os lados da mesopotâmia, usando como suporte o barro que depois era cozido para poder conservar os ensinamentos nele incisos. Porém, cá no Sudoeste, já há muitos jovens que ouvem falar de uma remota “escrita” local, embora indecifrável, por ausência ainda de um dicionário, e que teve significativas manifestações em grandes blocos de xisto, supostamente usados como “cabeceiras” sepulcrais, mas também deixou marcas (de posse?) em fundos de muitas peças cerâmicas do quotidiano dessas gentes, que alguns gostam de dizer “ da idade do ferro” e que habitaram inúmeros locais do Sudoeste há cerca de dois milénios e meio.
Talvez que a ignorância tenha feito perder a oportunidade de se encontrar a chave decifradora da escrita do Sudoeste, embora me incline mais para a má fé de muitos “achadores” de estelas gravadas, que as terão “escondido” depois de trituradas pelos arados e as grades de disco para evitarem “complicações”, sendo hoje certo que esta importante manifestação cultural ganhou o direito a fazer parte do património museológico do Sul de Portugal, centrada em Almodôvar, no MESA, um belo e simples nome diminutivo de Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar.
Com as pontas dos dedos, acabo de premir uns quadradinhos pretos decorados com “caracteres” brancos, que uns minúsculos sensores escondidos entre placas gráficas verdes transformam em conversa entendível por quem tem paciência para me aturar. Claro que todos já sabem, como foi esta vida antes do nascimento destes livros virtuais, com a folha de papel, o lápis, a caneta, ou um estilete sempre como actores principais no registo póstumo das emoções acabadas de morrer, porque assassinadas pelas cascatas de estímulos que nos afligem a racionalidade.
Perceber a origem da escrita é tarefa fácilmente recusável, ela existe, é escrava do nosso conforto, e ainda por cima é muito difícil escavar nos estratos do conhecimento onde se guarda o segredo dos primeiros abecedários do Sudoeste. Seja como for, a legenda escrita com letras e números, é hoje uma peça fundamental para a circulação pelos cantos de qualquer lugar, e mesmo nos lugares onde as antigas tradições conservam as memórias dos mortos, lá está sempre uma tabuleta identitária do estatuto de cada um deles.
Na maioria das escolas básicas, aprende-se a escrita, ouve-se falar de que as primeiras manifestações de caracteres ligados por alguma regra lógica que permitisse a sua compreensão por outras pessoas, terão nascido lá para os lados da mesopotâmia, usando como suporte o barro que depois era cozido para poder conservar os ensinamentos nele incisos. Porém, cá no Sudoeste, já há muitos jovens que ouvem falar de uma remota “escrita” local, embora indecifrável, por ausência ainda de um dicionário, e que teve significativas manifestações em grandes blocos de xisto, supostamente usados como “cabeceiras” sepulcrais, mas também deixou marcas (de posse?) em fundos de muitas peças cerâmicas do quotidiano dessas gentes, que alguns gostam de dizer “ da idade do ferro” e que habitaram inúmeros locais do Sudoeste há cerca de dois milénios e meio.
Talvez que a ignorância tenha feito perder a oportunidade de se encontrar a chave decifradora da escrita do Sudoeste, embora me incline mais para a má fé de muitos “achadores” de estelas gravadas, que as terão “escondido” depois de trituradas pelos arados e as grades de disco para evitarem “complicações”, sendo hoje certo que esta importante manifestação cultural ganhou o direito a fazer parte do património museológico do Sul de Portugal, centrada em Almodôvar, no MESA, um belo e simples nome diminutivo de Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar.
0 Museu da Escrita do Sudoeste é o ponto de partida para o entendimento da História de Almodôvar à necessidade de um vasto território que se estende por Portugal e Espanha.
Conceptualmente caracteriza-se pelo início da História e mostra a forma ancestral que os povos que habitavam este território há mais de 2500 usavam para comunicar.
0 Museu da Escrita do Sudoeste é um espaço vivo e em permanente transformação. A exposição apresenta de forma didáctica. funcional e estética a evolução da grafia e do conhecimento escrito.
Este espaço expositivo nasce como resposta da Câmara Municipal de Almodôvar à necessidade de proteger, estudar e divulgar estes monumentos, uma vez que este concelho se situar numa das áreas em que é maior a concentração de epígrafes com esta escrita.
Num edifício de arquitectura contemporânea, perfeitamente integrado no núcleo antigo de Almodôvar, este museu pretende ser um polo dinamizador para o estudo e salvaguarda de um património único - A Escrita do Sudoeste Peninsular.
Aqui começa uma fabulosa viagem pelo desvendar do mistério da mais antiga grafia da Península Ibérica, no apaixonante universo cultural que é o nosso Alentejo.
The Southwestern Museum of writing is the starting point to the historical understanding of a great territory which spreads all over Portugal and Spain.
It is characterized conceptually by the beginning of history and it is shows the ancient way peoples, who lived in this territory more than 2500 years ago, used to communicate.
The Southwestern Museum of writing is a living space and it is always changing. The exhibition presentes, in a didactic, functional and aesthetical way, the evolution of the graphy and of the writer knowledge.
This space of exhibition was created as an answer of Almodôvar, Town-Coucil to the need to protect, study and to make public these monuments, since this municipality is situated in one of the areas where the concentration of epigraphs, with this kind of writing, is greater.
In a building of contemporary architecture, perfectly integrated in Almodôvar ancient nucleous, this museum wishes to be a dynamic pole for there study and the safeguard of a unique patrimony - the Peninsular Southwestern writing.
Here begins a fabulous journey along the mistery's revelation of the most ancient graphy throw the Iberian Peninsular, in the passionate cultural universe, that is on Alentejo.
A importância da escrita do Sudoeste, tem vindo a sensibilizar com progresso alguns agentes culturais, e foi recentemente montada uma exposição itinerante, de implantação ao ar livre, e sem horário…, que está agora em Lisboa na entrada do MNA acompanhada de uma instalação de arte moderna inspirada no tema, da autoria da artista plástica Ângela Menezes.
Sem comentários:
Enviar um comentário