Quantas coisas digo que não faço
Quantas voltas sem me decidir a pôr o meu pé em terra.
Critico os meus olhos e não se convencem;
Aconselho minha alma, não aceita os meus conselhos.
Ai quantas coisas se desculpam, dizem;
“talvez mais tarde”. Quantas se demoram.
Em quantas coisas confio,
que terei longa vida, e me atraso.
Mas a morte não se atrasa.
Todos os dias brada em nós.
O pregoeiro da caravana: “alto!”
Depois de setenta e nove anos,
Deverei esperar uma longa vida? (…)
Abú Imrame Amertuli
In Portugal na Espanha árabe de António Borges Coelho
Sem comentários:
Enviar um comentário