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segunda-feira, junho 01, 2015

Mértola, Festival Islâmico


O braseiro


O braseiro foi para nós esta noite bálsamo
Quando debaixo da sombra nos picavam os escorpiões do frio.

Cheio de luz cortou para nós cálidas mantas
Debaixo das quais não sabe o frio onde estamos.

Alimenta o incêndio numa fornalha que rodeamos
Como se fosse uma taça de vinho
De que bebemos todos.

Umas vezes consente que nos aproximemos
E outras nos afasta
Como mãe que umas vezes amamenta
E outras nos retira o peito.

Ibne Sara, poeta de Santarém, séc. XII
In Portugal na Espanha árabe de António Borges Coelho


 
 
 
 
 


 

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