O braseiro
O braseiro foi para nós esta noite bálsamo
Quando debaixo da sombra nos picavam os escorpiões do frio.
Cheio de luz cortou para nós cálidas mantas
Debaixo das quais não sabe o frio onde estamos.
Alimenta o incêndio numa fornalha que rodeamos
Como se fosse uma taça de vinho
De que bebemos todos.
Umas vezes consente que nos aproximemos
E outras nos afasta
Como mãe que umas vezes amamenta
E outras nos retira o peito.
Ibne Sara, poeta de Santarém, séc. XII
In Portugal na Espanha árabe de António Borges Coelho
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