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sábado, maio 28, 2016

Provincia de Huelva, uma manhã dois Museus





 


Quando visitamos o “sítio” onde foi encontrado o Dolmen de Soto bem como a planície que o rodeia, somos obrigados a raciocinar de acordo com os ensinamentos da arqueologia contextual, já que logo que lidos os textos de acolhimento à estrutura monumental, ficamos a saber que afinal não fomos apenas invadir um espaço outrora depositário de alguns poucos defuntos, quiçá a cúpula elitista de um povo, mas gravitar à roda de uma colina artificial com cerca de 3m de altura e 60 m de diâmetro máximo, erigida durante o III milénio a partir de um cromeleque circular do Neolítico (realizado entre o V e o IV milénio), e constituído por diferentes blocos pétreos de implantação equidistante, e mais tarde utilizados na construção que hoje podemos apreciar.
Os contextos e os ritos desconhecidos destas realizações humanas, em que a morte está presente, enquadram-se muitas vezes entre as especulações sobre a religiosidade e as “provas” astronómicas. Neste caso, a astronomia tem um presença decisiva, já que nos equinócios da primavera e do outono os primeiros raios de sol entram pelo canto superior direito da porta, percorrem o corredor até projectarem pelo solo da câmara a sombra do esteio/pilar que suporta a 9ª tampa; este acontecimento dura cerca de 3 minutos.

 
 


Na actualidade, as searas de girassol crescem nos campos circundantes, e provocam-nos para reflectir mais uma vez sobre a importância dos cultos solares ao longo dos milénios.



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