Quando uns dias atrás encontrei não uma, mas três notícias plenas de magnetismo positivo – Klee no Centro Pompidou, Helmut Newton, o fotógrafo da beleza e da sensualidades femininas em Veneza, e Caravagio em Roma, flutuou a interrogação: Porquê num provável último oitavo da vida “útil” ainda procuramos a solução para a equação da dimensão brutal do que gostávamos poder ver ao vivo, já que as visualizações multimédia são sempre uma grosseira amostra da realidade por todas as deformações que provoca, já que mau grado os avanços tecnológicos nos caminhos entre a gravação, a reprodução e a visualização perde-se quase toda a fidelidade.
Nas etapas seguintes, tínhamos previsto comprimir os neurónios das memórias entretanto desarticuladas para ganharmos algum campo de manobra relacional, e furar a cercadura da Cidade para acrescentarmos mais umas notas breves ao conhecimento sobre as origens do Homem, e sobre algumas das consequências do desenvolvimento da sua capacidade de formulação estética, correspondentes com os ritmos das ofertas que o desenvolvimento científico aportou para a sua tradução material, embora agora também se use dizer de, imaterial. Os resultados destes desencontros com a nossa realidade não se conseguem traduzir em carreirinhas de letras, nem mesmo em itálico, e por isso ficaram quase todos guardados nas gavetas do irracional, embora algumas ideias se tenham transformado em provocações binárias medidas na maestria dos bites, dos sounds, e dos Bytes. “Gasta-se” uma hora e meia para ir e voltar a Saint German en Laye, e encontrar um Museu dentro de um outro “Museu”, ambos patrimónios da Humanidade, com relevo muito especial para as colecções do Museu Arqueológico Nacional, com relevo muito especial para a enormidade das colecções das mais antiga expressões artísticas e o contraponto da grandeza das recolhas no Sudoeste Peninsular e na Península de Lisboa das ocupações do Neolítico Final e do Calcolítico.
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