A manhã radiosa e fria não afastava as filas para entrada no Grand Palais, e a espera prenunciava uma visita pouco calma com as salas cheias atraídas pelo magnetismo de Gaugain com um conjunto de obras inesperadas. A multiplicidade de expressões plásticas de Gaugain estava ali traduzida na Pintura, a arte mais divulgada, mas também na escultura sobre madeira executada quer em França quer no “ultramar”, cerâmica, habitação e mobiliário, e embora os ambientes de trabalho determinassem diferentes representações a unidade cromática revelava-se unificadora da obra do artista.
Com o tempo a voar, um almoço ligeiro no bar do Museu, e uma correria pela exposição de fotografia de Irving Penn (americano, 1917-2009), já que a visita guiada com hora marcada no Museu Picasso era o ouro desta estadia. Esta exposição de Irving Penn teria mesmo de se realizar em Paris pela sua obra magnífica sustentada em grande parte pela relação de sessenta anos com a revista Vogue. Um verdadeiro artista plástico, com carreira nas naturezas mortas e exploração da vertente fotográfica no estudo do nu feminino, e intimista na sua relação com os retratados mostrados em vários núcleos.
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