Algures perdido entre a Serra do Caldeirão e as planícies do Alentejo, fica um SÍTIO!
A caminho do Algarve nas bermas da A2 perto da saída para Almodôvar está uma tabuleta com a indicação do Sítio Arqueológico Mesas do Castelinho. Abandonando a pista e seguindo até Santa Clara a Nova, encontra-se uma estrada de terra batida que dá acesso ao dito Povoado fortificado cujas estruturas sobreviventes se estendem por cerca de 3 ha, e traduzem ocupações compreendidas entre o Século V a.C. e o Século I d.C., com reocupação Islâmica no período Omíada. Importa salientar a importância estratégica do sítio embora situado “fora” do itinerário que ligava Ossonoba a Arandis (Garvão), e também o ditado popular, há males que vêm por “bem”, com a classificação do sítio como Imóvel de interesse público e sua aquisição pelo Estado após um atentado ocorrido em 1986 quando “um pescador da Ericeira que havia adquirido grande parte do povoado, efectuou destruições irreparáveis em cerca de 1/3 da sua área, procurando, com a ajuda de um bulldozer e explosivos, materializar a mítica riqueza do local, confundindo as lendas com o poder do Rei Midas e conferindo, embora dramáticamente, importância ao local e à memória das suas antigas ocupações humanas”. http://www.uniarq.net/uploads/4/7/1/5/4715235/guerra_fabiao_2009.pdf
Em Santa Clara a Nova, foi inaugurado em 2015 uma moderna estrutura museológica herdeira da obra empenhada de um Habitante local, o Sr. Manuel Vicente Guerreiro, que para além da exposição dos materiais recolhidos nas campanhas arqueológicas, e de um resumo da história das Mesas do Castelinho, faz o retrato da melhor memória de um Povo, através de uma magnífica composição etnográfica numa atmosfera arquitectónica exemplar. http://www.cm-almodovar.pt/museu-arqueologico-e-etnografico/
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