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terça-feira, dezembro 15, 2015

ALQUEVA, 20 Anos de obra, 200 milénios de História


 
Para um País Europeu, periférico, pequeno e “pobre” nos recursos que têm engordado muitas economias, o “Projecto Alqueva” constituiu uma importantíssima alavanca para o PIB. Imaginada a barragem em meados dos anos sessenta, como produtor de energia para abastecer um polo industrial a erguer em Sines, com a evolução económica e tecnológica surgiu entretanto a ambição do aproveitamento da água do maior lago artificial da Europa para um vasto plano de rega do Alentejo, o qual, mau grado os vetos de gaveta dos Governos da Direita do pós 25 de Abril, fez nascer a EDIA a empresa criada em 1995 para a construção e gestão de todo o complexo, que se aproxima da sua conclusão e abrange vastíssimas zonas do Baixo Alentejo. Ao mesmo tempo que as obras da barragem foram sendo planeadas, arrancou em paralelo um ambicioso plano de salvaguarda da riqueza arqueológica da bacia do Guadiana aquém da “cota 152”, com o impulso de alguns responsáveis governamentais pela Cultura e do contributo decisivo do IPA, Instituto Português de Arqueologia entretanto extinto pelo mais recente Governo da Direita.
O “Plano de salvamento arqueológico para o vale do Guadiana” acabou por abranger não apenas as áreas inundadas mas também a intrusão nos solos da rede de distribuição hidráulica bem como todos os novos caminhos traçados para esse efeito, o que se traduziu em centenas de intervenções levadas a cabo por dezenas de equipas de arqueólogos. Na área inundada os resultados das investigações têm vindo a ser publicados pela EDIA, criando para o efeito uma colecção com o título Memórias de Odiana, com duas séries já à luz do dia, e milhares de páginas publicadas.
 
 
Capa do Volume 12 da 2ª Série (615 páginas)

Rcentemente, foi aberta na Torre Maior do Mosteiros dos Jerónimos (Museu Nacional de Arqueologia) uma pequena exposição que pretende dar a conhecer alguns dos pormenores dos trabalhos arqueológicos e a mostra de alguns achados considerados relevantes pelo seu promotor.

 
 
 
 
 
 
 





 

 

A barragem é hoje um bem público, e para visão da albufeira há alguns acessos que permitem apreciar a beleza dos seus horizontes típicamente plantados com as cores e os recortes do Alentejo.
 
 
 
 


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