A Festa e o tempo
Avistámos a chegada do bom tempo,
lá no fundo da aurora do ano lectivo,
entregues à educação dos ninhos de vento,
ensinando-os a rir e a chorar.
Pousámos o tempo em prateleiras de vidro,
da cor que mais gostamos,
e, com o ouvido e o auxílio de réguas lisas,
medimos-lhe a elasticidade.
O tempo, conselheiro do apetite,
confundindo sal com ovos mexidos,
soprou flocos de açúcar para
dissolver maçãs em bagos de romã.
E então, a Festa começou!
Tavira, Fevereiro de 2016
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