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domingo, novembro 29, 2015

Paris, l' Amour et l' Arte

 

 
 
 

O Centro Pompidou é um edifício emblemático no centro do conjunto dos Museus das Artes Contemporânea e Moderna Europeus e mesmo Mundiais. Do ponto de vista meramente arquitectónico é único, portanto inconfundível, como única é a vista sobre uma grande parte de Paris que oferece aos seus visitantes a partir de uma longa, larga e complexa varanda virada para poente; uma visão de um horizonte muito equilibrado, onde sobressai a cota elevada do Sacré Coeur.

 




Com o seu átrio, “afundado” ganha-se um desafogado espaço de valências de acolhimento permitindo um amplo aproveitamento dos andares superiores para as colecções de arte, e a sua estrutura metálica complexa acolhe e articula-se com as acessibilidades através de escadas rolantes como se percorresse-mos túneis de um formigueiro.



 
 
 
 


 




Se a colecção de arte permanente é dos conjuntos mais representativos do Seculo XX e o seu magnetismo é fortíssimo, ao percorre-la nas paredes brancas que a aconchega, é difícil esquecer o seu enquadramento no edifício metálico que nos corredores mais estreitos marca ao longe a sua presença, e até nos atrai para algumas visões sobre a grande varanda comunicante nas obras de escultura que lá vivem com outras colocadas no interior. No fim de uma visita ao Centro Pompidou compreendemos melhor muitas das razões pelas quais os maiores vultos das artes do Século XX correram até Paris, e também para que a continuemos a considerar como um dos Centros Mundiais da Arte, pois sem ela não era possível agir sempre na criatividade de forma ininterrupta e poderem acompanhar-se os seus testemunhos, mesmo que os poderes financeiros em deslocação continental venham “roubando” à Europa o protagonismo de muitas colecções que por desaparecimento dos seus criadores mudam de mãos e ficam inacessíveis aos olhos do público anónimo. 
 
 
 
  
 
 
Por tudo isto, e sem vaidades pessoais, achamos que os visitantes que encontrámos no Centro Pompidou tinham tudo a ver com as várias exposições disponíveis; todas as idades, nacionalidades e formas de trajar, mas comungando de uma atitude introspectiva e silenciosa de comunicação com cada uma das obras. Com tempo, e para os antropólogos e sociólogos, valerá a pena analisar a relação entre o aspecto comportamental de cada visitante com o tempo de observação dedicado a cada obra, já que até nos tempos que passam as preferências não ficam guardadas no intimismo cerebral, quiçá traído por algum movimento na face, pois exteriorizam-se através dos movimentos para gravação nas memórias dos telemóveis, e que reflectem a forma generalizada como o Mundo se vem alterando quando nos Museus de referência a única excepção à fotografia é, e muito bem, o uso complementar do flash ou do tripé.
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 
 


Delaunay




 
Paul Klee
 
 
 
 

 

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