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terça-feira, setembro 29, 2015

Menires de Vila do Bispo




Junto ao Menir do Padrão, olhando o horizonte o que escutamos?
- O mesmo cheiro de milénios atrás!
Deitado de lado junto ao Menir do Padrão, o ouvido encostado ao chão, sentimos o barulho do mar, porquê?

- A Terra, absorve as conversas entre a Serra de Monchique e as estrelas!
Com um joelho no chão, uma mão no queixo e o olhar neste megálito, imaginámos Rodin a olhar as pedreiras donde extraiu os menires da sua imaginação.





Em pé de costas para o Sol, que se esgota, protegemo-lo dos rasgos dos raios solares durante alguns instantes.
Por fim, rodeando o Menir do Padrão, e procurando todos os seus perfis, encontramos linhas imaginárias, que tal como uma teia de aranha unem os anos que passaram desde que com corpos suados e muito engenho se ergueu ali um marco ao culto da fertilidade, que também nos trouxe até aqui, e cujo epicentro territorial terá sido comemorado com rituais corporais mais ou menos carnais, mais ou menos eróticos, mais ou menos envoltos em sacrifícios animais, ou nada disso, mas simplesmente um discurso de mapeamento de um território “pré Adão e Eva”, isto é, o Paraíso.



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