Um espaço de transpiração, comunicação e partilha de sensações na apropriação de planos do Planeta que nos acolhe. Como objectivo principal, o perfeccionismo, para deixar àqueles de quem gosto uma ideia prática da responsabilidade em olharmos à nossa volta e não deixarmos passar despercebidas a luz e as sombras de cada instante. Mas também, dar conta de fragrâncias e sabores que me toquem, dar nota de outros estímulos aos meus sentidos e, dar eco dos criadores do Belo.
E
segunda-feira, agosto 31, 2015
domingo, agosto 30, 2015
sábado, agosto 29, 2015
sexta-feira, agosto 28, 2015
quinta-feira, agosto 27, 2015
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terça-feira, agosto 25, 2015
segunda-feira, agosto 24, 2015
domingo, agosto 23, 2015
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segunda-feira, agosto 17, 2015
domingo, agosto 16, 2015
sábado, agosto 15, 2015
Dia 15 de Agosto, Dia de Festa
Dias de Festa,
de lembranças de Histórias,
escritas com tinta invisível
na porta que se abre sobre o passado,
na janela que rasga as lágrimas.
Saudade de quem partiu tão cedo,
fez falta,
e faz falta,
fará falta para sempre.
Esporão, Agosto de 2015
O vento que hoje me bofeteia,
distribui grãos de areia pelas florentinas,
faz cócegas nas plantas dos pés
e atormenta as ondas de calor.
As redobras da espuma,
que retornam,
ora do vai ora do vem,
perturbam o silenciar dos grãos de areia,
com o ruído surdo da mastigação das florentinas,
e, mudam da cor do engano
para o azul depois de torrado.
distribui grãos de areia pelas florentinas,
faz cócegas nas plantas dos pés
e atormenta as ondas de calor.
As redobras da espuma,
que retornam,
ora do vai ora do vem,
perturbam o silenciar dos grãos de areia,
com o ruído surdo da mastigação das florentinas,
e, mudam da cor do engano
para o azul depois de torrado.
Tavira, Fevereiro de 2015
sexta-feira, agosto 14, 2015
A Arqueologia e a Herdade do Esporão, uma colheita de Eleição.
O envelhecimento, chamemos-lhe “sustentado”, não se conforma com a memória já ocupada, deve prosseguir com desafios cada vez mais fortes e adequados às nossas capacidades físicas, já que as mentais estão só dependentes da frescura muscular que vive no centro de comando do exercício das vontades. Na véspera de mais um Dia de Festa, porque na verdade ela começa hoje, faz bem recordar que uns dias atrás, fiz quinhentos quilómetros numa volta de trezentos e sessenta graus, pela necessidade de finalmente conhecer um “sítio” que encerra muitos segredos, alguns desvendados de quando em vez, sobre o “mundo” que ocupa parte do pensamento diário, e quase no fim do longo dia foi gratificante poder assistir, com alguns “Amigos da Causa”, à inauguração de um novo Museu de Arqueologia no Alentejo, e a devida nota detalhada fica para um pouco mais tarde.
Depois do solene casamento de papel firmado entre uma Indústria do Vinho de primeira linha e a Arqueologia, todos os seus súbditos fieis ficámos alegres, não por perfumados vapores alcoólicos, mas pela esperança nos resultados das “colheitas” anuais.
Uma figura principal da Era Arqueologia disse naquele dia que “o Sucesso na exploração arqueológia na Herdade dos Perdigões situada em Reguengos de Monsaraz resultou da feliz coincidência entre a descoberta do sítio, e o Partido Socialista ter adoptado a Arqueologia como instrumento eleitoral”, sublinhando o autor da frase, que todos se lembrarão de - “as gravuras não sabem nadar”! De facto, na sequência das discussões em torno de Foz Coa, reforçou-se a capacidade de intervenção pública na defesa do património arqueológico nacional, através do entretanto criado Instituto Português de Arqueologia, o IPA, destruído pelo actual Governo, que impediu o plantio da vinha na zona da Herdade dos Perdigões onde se haviam encontrado fortes indícios de uma importante ocupação pré-histórica. Em boa hora a Finagra, proprietária da Herdade do Esporão que havia adquirido aquela propriedade, se entusiasmou com a complementaridade cultural que a exploração sistemática dos Perdigões podia aportar ao seu negócio de eneoturismo.
Anualmente, com o apoio do Esporão, a ERA Arqueologia promove o Dia Aberto dos Perdigões durante o qual, entre outras actividades, os arqueólogos, ao mesmo tempo que trabalham no terreno recebem os visitantes, explicando o enquadramento e o desenvolvimento das investigações, e o António Carlos Valera proferiu uma palestra sobre o Complexo Arqueológico dos Perdigões.
Os Perdigões, que ocupam cerca de catorze hectares situam-se numa larga planície com uma ligeira elevação, como se de um anfiteatro se tratasse, aberto para ocidente, e que permite uma alargada e profunda visão, tendo Monsaraz como recorte mais significativo no horizonte, vem revelando ocupações desde o Neolítico final (3.500 a.c.) até ao Calcolítico (2.000 a.c.), e depois abandonado sem que até agora se encontrem explicações para esse facto. Em toda a área ocupada, está identificada a existência de várias linhas de fossos circulares e quatro entradas orientadas pelos pontos do nascer e do por do Sol nos Solstícios de Verão e de Inverno. Se tomarmos os Perdigões como um marco, e observarmos a localização dos mais próximos monumentos megalíticos, todos eles se situam a leste num enquadramento de cariz astronómico.
Uma curta visita às escavações é no entanto suficiente para compreender a imensidão do desafio científico multidisciplinar, já que desde 1998 só um por cento do território foi explorado, estando publicada pela ERA parte da interpretação do mundo dos seus habitantes e construtores, e disponíveis para observação três centenas dos materiais mais significativos num Museu situado na Torre do Núcleo Histórico do Esporão.
Depois do solene casamento de papel firmado entre uma Indústria do Vinho de primeira linha e a Arqueologia, todos os seus súbditos fieis ficámos alegres, não por perfumados vapores alcoólicos, mas pela esperança nos resultados das “colheitas” anuais.
Uma figura principal da Era Arqueologia disse naquele dia que “o Sucesso na exploração arqueológia na Herdade dos Perdigões situada em Reguengos de Monsaraz resultou da feliz coincidência entre a descoberta do sítio, e o Partido Socialista ter adoptado a Arqueologia como instrumento eleitoral”, sublinhando o autor da frase, que todos se lembrarão de - “as gravuras não sabem nadar”! De facto, na sequência das discussões em torno de Foz Coa, reforçou-se a capacidade de intervenção pública na defesa do património arqueológico nacional, através do entretanto criado Instituto Português de Arqueologia, o IPA, destruído pelo actual Governo, que impediu o plantio da vinha na zona da Herdade dos Perdigões onde se haviam encontrado fortes indícios de uma importante ocupação pré-histórica. Em boa hora a Finagra, proprietária da Herdade do Esporão que havia adquirido aquela propriedade, se entusiasmou com a complementaridade cultural que a exploração sistemática dos Perdigões podia aportar ao seu negócio de eneoturismo.
Anualmente, com o apoio do Esporão, a ERA Arqueologia promove o Dia Aberto dos Perdigões durante o qual, entre outras actividades, os arqueólogos, ao mesmo tempo que trabalham no terreno recebem os visitantes, explicando o enquadramento e o desenvolvimento das investigações, e o António Carlos Valera proferiu uma palestra sobre o Complexo Arqueológico dos Perdigões.
Os Perdigões, que ocupam cerca de catorze hectares situam-se numa larga planície com uma ligeira elevação, como se de um anfiteatro se tratasse, aberto para ocidente, e que permite uma alargada e profunda visão, tendo Monsaraz como recorte mais significativo no horizonte, vem revelando ocupações desde o Neolítico final (3.500 a.c.) até ao Calcolítico (2.000 a.c.), e depois abandonado sem que até agora se encontrem explicações para esse facto. Em toda a área ocupada, está identificada a existência de várias linhas de fossos circulares e quatro entradas orientadas pelos pontos do nascer e do por do Sol nos Solstícios de Verão e de Inverno. Se tomarmos os Perdigões como um marco, e observarmos a localização dos mais próximos monumentos megalíticos, todos eles se situam a leste num enquadramento de cariz astronómico.
Uma curta visita às escavações é no entanto suficiente para compreender a imensidão do desafio científico multidisciplinar, já que desde 1998 só um por cento do território foi explorado, estando publicada pela ERA parte da interpretação do mundo dos seus habitantes e construtores, e disponíveis para observação três centenas dos materiais mais significativos num Museu situado na Torre do Núcleo Histórico do Esporão.
E, para saber mais sobre a actividade das campanhas nos Perdigões está disponível muita informação no endereço
http://perdigoes2011.blogspot.pt/search?updated-max=2014-07-13T15:13:00%2B01:00&max-results=50&start=44&by-date=false
O Dia Aberto dos Perdigões, é um momento que não pode perder-se quando o tempo já é curto, e é também um dia em que o Alentejo mostra a potencialidade natural de atracção para alguns dos seus horizontes mais desconhecidos, e no presente revela-se porque foi o território que mais cresceu nas vertentes turística e cultural.
O Dia Aberto dos Perdigões, é um momento que não pode perder-se quando o tempo já é curto, e é também um dia em que o Alentejo mostra a potencialidade natural de atracção para alguns dos seus horizontes mais desconhecidos, e no presente revela-se porque foi o território que mais cresceu nas vertentes turística e cultural.
Duas imagens da Herdade do Esporão, do lago e da adega.
quinta-feira, agosto 13, 2015
quarta-feira, agosto 12, 2015
terça-feira, agosto 11, 2015
segunda-feira, agosto 10, 2015
domingo, agosto 09, 2015
sábado, agosto 08, 2015
sexta-feira, agosto 07, 2015
quinta-feira, agosto 06, 2015
quarta-feira, agosto 05, 2015
terça-feira, agosto 04, 2015
Uma manhã pela Ria Formosa - 7
Enquanto o sol subia, as gaivotas, orientadas pelas boias de marcação, começavam os seus voos rasantes até caírem na vertical sobre as suas presas.
Saudade é uma palavra Portuguesa intraduzível, como também são intraduzíveis muitas das emoções, que nos assaltam. Esta imagem tem uma dedicatória especial, que um dia ao ser lida por terceiros, já adultos, espero ser muito bem compreendida e aprendida. Não há medidómetros das saudades, nem do grau de satisfação quando elas se minoram enroupadas de invisíveis segundos, e por isso, a melhor expressão para traduzir o impacto de uns braços que dias atrás num cais de estação de comboios correndo se abriram para mim e logo que pendurados com muita força ao meu pescoço me aprisionaram num longo silêncio é, naquela hora eu pude sentir o afecto do melhor dos abraços do Mundo, e que o hei-de conservar bem fundo comigo enquanto as memórias não se consumirem.
segunda-feira, agosto 03, 2015
domingo, agosto 02, 2015
sábado, agosto 01, 2015
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