Comemorar a Independência de Uma Nação, até se deve fazer com a reflexão sobre a exploração a que tem sido sujeito, os custos da sua dependência, e os esforços para um desenvolvimento sustentado.
As Minas de São Domingos foram
abandonadas pelos exploradores Ingleses há cerca de 50 anos.
Quando terminou a exploração, os
Ingleses só não levaram ou venderam as edificações; tudo o que podia ser
convertido em libras foi levantado do local, e os terrenos fortemente poluídos
criaram uma paisagem “única” na região, capaz de atrair curiosos e visitantes
amantes da fotografia, mas a sua presença prolongada naqueles terrenos requeria
máscaras de protecção respiratória.
A EP - Empresa de Desenvolvimento
Mineiro (EDM) – desenvolveu estudos para a requalificação ambiental dos
terrenos circundantes da mina em especial aqueles onde se situavam as fábricas
de enxofre e ácido sulfúrico que produziam desperdícios altamente poluentes,
assim como todo o produto associado à linha de caminho de ferro que
transportava o minério até ao Pomarão, onde embarcava em barcos que usavam o
rio Guadiana para o seu escoamento até ao Mediterrâneo.
A EDM e a Câmara de Mértola com
apoio de fundos comunitários já implementaram uma 1ª fase de trabalhos e já
adjudicaram a 2ª fase.
Os trabalhos em curso, centram-se
em movimentos nas camadas acima do solo geológico, mantendo-se de pé as ruínas
do edificado que ainda resiste às condições ambientais.
Na Achada do Gamo, a zona onde se
situavam as unidades fabris, ainda se sente uma atmosfera contaminada pelos
vapores do enxofre, e é aquela mais apelativa para um olhar sobre os contrastes
cromáticos, paisagísticos e de recorte arquitectónico em degradação.
Um sítio que embora devesse ser
documentado a B&W mantém apesar da poluição nichos cromáticos de porte
apelação ao registo visual.
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