E

sábado, outubro 05, 2019

Dia 5 de Outubro, dia de Festa

Comemorar a Independência de Uma Nação, até se deve fazer com a reflexão sobre a exploração a que tem sido sujeito, os custos da sua dependência, e os esforços para um desenvolvimento sustentado.



As Minas de São Domingos foram abandonadas pelos exploradores Ingleses há cerca de 50 anos.
Quando terminou a exploração, os Ingleses só não levaram ou venderam as edificações; tudo o que podia ser convertido em libras foi levantado do local, e os terrenos fortemente poluídos criaram uma paisagem “única” na região, capaz de atrair curiosos e visitantes amantes da fotografia, mas a sua presença prolongada naqueles terrenos requeria máscaras de protecção respiratória.
A EP - Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) – desenvolveu estudos para a requalificação ambiental dos terrenos circundantes da mina em especial aqueles onde se situavam as fábricas de enxofre e ácido sulfúrico que produziam desperdícios altamente poluentes, assim como todo o produto associado à linha de caminho de ferro que transportava o minério até ao Pomarão, onde embarcava em barcos que usavam o rio Guadiana para o seu escoamento até ao Mediterrâneo.
A EDM e a Câmara de Mértola com apoio de fundos comunitários já implementaram uma 1ª fase de trabalhos e já adjudicaram a 2ª fase.
Os trabalhos em curso, centram-se em movimentos nas camadas acima do solo geológico, mantendo-se de pé as ruínas do edificado que ainda resiste às condições ambientais.
Na Achada do Gamo, a zona onde se situavam as unidades fabris, ainda se sente uma atmosfera contaminada pelos vapores do enxofre, e é aquela mais apelativa para um olhar sobre os contrastes cromáticos, paisagísticos e de recorte arquitectónico em degradação.
Um sítio que embora devesse ser documentado a B&W mantém apesar da poluição nichos cromáticos de porte apelação ao registo visual.

Sem comentários:

Enviar um comentário