No movimento crescente de aprofundamento do conhecimento com base no conceito “simplificado” das novas tecnologias, abrem-se múltiplas disciplinas agregadas à Arqueologia, com é o caso da “arqueologia das paisagens”, que agregando investigações multidisciplinares procura conhecer as relações homem natureza através da procura dos traços simultâneos dos restos humanos e dos depósitos estratificados naturais.
Alterações climáticas, é hoje um denominador comum de muitas preocupações sobre o Planeta, difíceis de racionalisar, porque ele esconde o passado, não confessa o futuro, e é mais simples encontrar culpa nas atitudes incivilizadas do que deixar de se retrairem os gestos da investigação científica.
Quando há seis milénios atrás o Homem encontrou no Megalitismo uma forma de procura expressiva na sua relação com o desconhecido, não sabemos qual era o ambiente herbácio nos horizontes que ocupou no Alentejo, e muito menos qual seria a importância de cada componente desse conjunto material, e também como tudo evoluiu e a que ritmo.
Os menires do Cromeleque de Vale Maria do Meio, estão rodeados pela paisagem moldada a pouco e pouco até aos nossos dias, e portanto devemos ignorar essa relação entre monumentos e plantas que hoje parece fazer parte de um ambiente coerente, para tentarmos ter direito a permanecer naquele espaço criado para estabelecer um quadro da relação entre o Homem e o Universo.
Claro que para compreender a paisagem era desejável separar os menires das plantas, e conseguir observar cada conjunto de per si, e essa impossibilidade contraria-se extraindo imagens, isolando as cores e as energias, e publicando-as a pouco e pouco há medida que as estações do ano avançam. Nesta Primavera de 2018 os resultados vão aparecer aqui.